INTERNACIONAL

Okonjo-Iweala, uma experiente economista nigeriana à frente da OMC

Aos 66 anos, Ngozi Okonjo-Iweala, uma economista experiente e uma das mulheres mais poderosas da Nigéria, foi nomeada nesta segunda-feira (15) diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC)

AFP
15/02/2021 às 12:55.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:59

Aos 66 anos, Ngozi Okonjo-Iweala, uma economista experiente e uma das mulheres mais poderosas da Nigéria, foi nomeada nesta segunda-feira (15) diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Além de ser a primeira mulher a chefiar a OMC, ela também é a primeira dirigente dessa organização oriunda da África.

Duas vezes ministra das Finanças e chefe da diplomacia de seu país por dois meses, Okonjo-Iweala começou sua carreira no Banco Mundial em 1982, onde trabalhou por 25 anos.

Em 2012, fracassou ao tentar se tornar a presidente desta instituição financeira, contra o americano-coreano Jim Yong Kim.

"Acho que ela fez um bom trabalho, seja na Nigéria ou em outros países onde trabalhou", declarou à AFP Idayat Hassan, diretora do Centro para Democracia e Desenvolvimento, com sede em Abuja.

"Ela não é apenas amada na Nigéria, mas é adorada, ela é um símbolo (...) para as mulheres", acrescentou Hassan.

Okonjo-Iweala nasceu em 1954 em Ogwashi ukwu, no estado federal do Delta, no oeste da Nigéria. Seu pai é um líder tradicional.

No entanto, passou a maior parte de sua vida nos Estados Unidos, onde estudou em duas universidades de prestígio, o Massachusetts Institute of Technology (MIT) e Harvard.

Desde a sua criação em 1995, a OMC teve como diretores-gerais seis homens: três europeus, um neozelandês, um tailandês e um brasileiro.

A candidatura desta mulher com uma carreira impressionante, no entanto, não desencadeou unanimidade.

"Ministra, ela pode ter adotado algumas reformas de transparência, mas cerca de US$ 1 bilhão desapareceu todos os meses dos fundos estatais quando administrava as finanças", afirma Sarah Chayes, autora de Thieves of State, livro de pesquisa sobre corrupção em grande escala.

"Há uma sede por histórias positivas e, em uma época em que as questões da diversidade são levantadas no debate público, ser uma mulher negra joga a seu favor", ressalta a autora americana.

Mas, segundo ela, é "uma vergonha que pode ser levada em conta para esse cargo".

Okonjo-Iweala nunca foi processada por roubo dos fundos do Estado, e seus críticos acreditam que ela poderia ter feito mais para evitar os desvios de dinheiro.

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