INTERNACIONAL

OMS adverte para 'aumento exponencial' da pandemia e Europa se fecha

A Organização Mundial da Saúde alertou nesta sexta-feira (23) para o "aumento exponencial de casos de covid-19", enquanto a segunda onda da pandemia atinge a Europa, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos retomaram os testes clínicos de duas vacinas

AFP
23/10/2020 às 22:38.
Atualizado em 24/03/2022 às 09:26

A Organização Mundial da Saúde alertou nesta sexta-feira (23) para o "aumento exponencial de casos de covid-19", enquanto a segunda onda da pandemia atinge a Europa, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos retomaram os testes clínicos de duas vacinas.

"Muitos países estão vendo um aumento exponencial de casos de covid-19 e isto está levando hospitais e unidades de cuidados intensivos a funcionar perto ou acima de sua capacidade", disse o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma coletiva de imprensa virtual.

"E ainda estamos em outubro", acrescentou, ao explicar que com a chegada do inverno, o hemisfério norte enfrentava um momento crucial na luta contra a pandemia.

Em todo o planeta, a covid-19 infectou cerca de 42 milhões de pessoas e deixou 1,1 milhão de mortos, um quinto deles nos Estados Unidos, o país onde a pandemia tem sido mais letal.

Enquanto isso, vários países europeus estão reportando taxas de infecções mais elevadas do que na primeira onda da pandemia, em março e abril.

Neste momento e segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), a evolução da pandemia suscita "grave preocupação" em 23 países dos 27 que compõem a União Europeia (UE), assim como no Reino Unido.

Só se salvam Finlândia, Chipre, Estônia e Grécia. Há um mês, apenas sete países europeus estavam nessa lista vermelha.

Bruxelas e Valônia, região francófona da qual Liège é uma cidade importante, agora são os epicentros da nova crise europeia.

"Estamos perdendo. Estamos sobrecarregados. Estamos amargurados", disse Benoit Misset, chefe da Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Universitário de Liège, onde vários de seus funcionários têm que trabalhar, apesar de eles mesmos terem contraído a covid-19, de forma assintomática.

"É uma guerra de trincheiras", com a diferença de que "não são bombas, é um vírus" e "é o vírus quem manda, não nós, nem os políticos, nem os cientistas", disse Misset à AFP.

A França, que estendeu o toque de recolher a 46 milhões de pessoas, superou nesta sexta a marca de um milhão de contágios desde o início da pandemia e a situação continua se degradando, com mais de 40.000 novos casos registrados em 24 horas.

O chefe do grupo de hospitais públicos de Paris advertiu que a segunda onda pode ser pior do que a primeira, enquanto o governo ampliou o toque de recolher noturno para cobrir mais de dois terços da população.

De um lado, o chefe do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, considerou que o "número real" de contágios no país era de mais de três milhões, embora oficialmente tenham sido registrados pouco mais de um milhão.

A Espanha é um dos países mais castigados pela pandemia, com mais de 34.500 falecidos, e várias autoridades regionais anunciaram novas medidas.

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