INTERNACIONAL

OMS adverte sobre escassez de máscaras com avanço do coronavírus

Vários países tentavam controlar suas reservas de máscaras e equipamentos de proteção, essenciais para os profissionais de saúde que combatem a epidemia de coronavírus, nesta quarta-feira, após o alerta da OMS de que os estoques estão diminuindo rapidamente

AFP
04/03/2020 às 09:41.
Atualizado em 07/04/2022 às 09:12

Vários países tentavam controlar suas reservas de máscaras e equipamentos de proteção, essenciais para os profissionais de saúde que combatem a epidemia de coronavírus, nesta quarta-feira, após o alerta da OMS de que os estoques estão diminuindo rapidamente.

A doença, que apareceu na China, se espalha diariamente para novos países. Além da China, os mais afetados são agora Irã, Itália e Coreia do Sul.

Na Itália, o número de mortos chegou a 79 pessoas na terça-feira, com mais de 2.500 infectados. Um grupo de turistas italianos ficou em quarentena na Índia, com 17 casos positivos.

Na China, o número de novas infecções parece ter diminuído e nesta quarta-feira o país registrou queda pelo terceiro dia consecutivo.

Mais de 90.000 pessoas estão infectadas no mundo e outras 3.200 morreram. O Iraque anunciou seu primeiro morto nesta quarta-feira e 92 morreram no vizinho Irã.

A taxa de mortalidade é de cerca de 3,4%, muito mais alta do que a da gripe sazonal, menos de 1%, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A maioria dos casos e mortes até o momento aconteceu na China, onde dezenas de milhões de pessoas estão em quarentena.

As infecções, contudo, aumentam mais rapidamente fora da China e estão levando muitos países a cancelar todos os tipos de eventos públicos.

Em Paris, o famoso Museu do Louvre reabriu após três dias fechado. Nos Estados Unidos foram anunciadas nove mortes relacionadas a um caso em uma residência em Seattle e o número total de infecções passa de 100.

A OMS teme que a escassez de máscaras, óculos e outros equipamentos de proteção para os trabalhadores da saúde, como resultado do "aumento da demanda, acúmulo ou abuso".

"Não podemos parar a covid-19 [a doença causada pelo coronavírus] sem proteger os profissionais de saúde", disse o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a repórteres em Genebra (Suíça).

Ele também disse que os preços das máscaras multiplicaram por seis e os dos respiradores por três.

Tedros disse que a OMS enviou mais de meio milhão de kits de material de proteção para 27 países, mas alertou que "os suprimentos estão acabando rapidamente".

A falta de equipamentos na China causou o contágio de milhares de profissionais de saúde e a morte de dezenas deles, o que está levando ao reaproveitamento de fábricas de fraldas, jaquetas e telefones celulares para a produção de máscaras e roupas de proteção.

Em Seul (Coreia do Sul), pelo menos 500 pessoas fizeram fila em um supermercado na quarta-feira para comprar máscaras e o presidente sul-coreano Moon Jae-in pediu desculpas pela falta do produto.

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