INTERNACIONAL

OMS alerta para longa crise do coronavírus; mortos passam de 180.000

A Organização Mundial da Saúde alertou nesta quarta-feira (22) que a crise do coronavírus não terminará logo, com muitos países ainda nos estágios iniciais do enfrentamento da pandemia, que deixou mais de 180 mil mortos em todo o mundo

AFP
22/04/2020 às 22:08.
Atualizado em 31/03/2022 às 02:34

A Organização Mundial da Saúde alertou nesta quarta-feira (22) que a crise do coronavírus não terminará logo, com muitos países ainda nos estágios iniciais do enfrentamento da pandemia, que deixou mais de 180 mil mortos em todo o mundo.

À emergência sanitária se soma uma dura crise econômica, com negócios lutando para sobreviver, milhões de desempregados e outros milhões confrontados com a fome.

O presidente americano, Donald Trump - de olho na disseminação do desemprego e em seus planos de reeleição - assinou nesta quarta um decreto para suspender a emissão de "Green Cards", vistos de residência no país, por 60 dias.

Enquanto alguns estados do país se mobilizam para reabrir alguns setores, especialistas sanitários da maior economia do planeta alertaram que os Estados Unidos podem enfrentar uma segunda onda do coronavírus, ainda mais mortal, no inverno.

Países se lançam no combate à pandemia - que matou mais de 180 mil pessoas e infectou quase 2,6 milhões em todo o mundo -, enquanto buscam desesperadamente meios para limitar suas devastadoras consequências para a economia.

Enquanto alguns agiam para suspender as medidas restritivas que suspenderam a vida cotidiana ao redor do globo, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez uma advertência.

"Não se enganem: temos um longo caminho pela frente. O vírus vai estar conosco por um longo tempo", disse Tedros, durante coletiva de imprensa digital.

"A maioria dos países ainda está nos primeiros estágios de sua epidemia. E alguns que foram afetados no começo da pandemia agora começam a ver uma ressurgência de casos", acrescentou.

A Europa, duramente afetada pela pandemia, viu seu número de mortos bater um novo recorde sombrio, com 110.000 óbitos, enquanto a Itália, o país mais afetado depois dos Estados Unidos, atingiu os 25.000.

A Finlândia anunciou que vai manter a proibição a reuniões com mais de 500 pessoas até julho.

Na Espanha, que registrou um sutil aumento pelo segundo dia seguido no número de mortes por COVID-19, o govero informou que não espera suspender suas estritas medidas de restrição até meados de maio.

"Hós precisamos ser incrivelmente cuidadosos nesta fase", advertiu o primeiro-ministro, Pedro Sánchez.

Mas a Alemanha, que começou cuidadosamente a abrir seu comércio, lançou uma luz de esperança, ao anunciar que os testes humanos para uma vacina vão começar semana que vem.

O teste, apenas o quinto autorizado em todo o mundo, é um "passo significativo" para a produção de uma vacina "disponível o mais rapidamente possível", informou a entidade regulatória alemã.

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