INTERNACIONAL

OMS convoca Europa a intensificar medidas contra pandemia, que avança na Ásia

A OMS pediu, nesta quinta-feira (7), que a Europa faça mais diante da "situação alarmante" criada pela nova variante mais contagiosa do coronavírus, à medida que a pandemia avança na Ásia, onde o Japão declarou um novo estado de emergência em Tóquio

AFP
07/01/2021 às 09:42.
Atualizado em 23/03/2022 às 23:31

A OMS pediu, nesta quinta-feira (7), que a Europa faça mais diante da "situação alarmante" criada pela nova variante mais contagiosa do coronavírus, à medida que a pandemia avança na Ásia, onde o Japão declarou um novo estado de emergência em Tóquio.

"Esta é uma situação alarmante, o que significa que durante um curto período teremos que fazer mais do que fizemos", disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, durante uma coletiva de imprensa online.

"As medidas de base, que todos conhecemos, devem ser intensificadas para baixar a transmissão, aliviar nossos serviços contra a covid-19 e salvar vidas", ressaltou.

Segundo ele, é preciso generalizar o uso de máscaras, limitar o número de reuniões sociais, respeitar a distância física e lavar as mãos, e combinar essas medidas com sistemas adequados de detecção e de localização, assim como isolar os pacientes.

Vinte e dois países da zona Europa, que inclui 53 países, registraram casos ligados a essa nova cepa. Segundo os primeiros estudos, ela está respondendo às vacinas, indicou a OMS.

A variante não muda a natureza da doença, e "a covid-19 não é nem mais nem menos grave", completou Kluge.

Muito afetada pela pandemia, a Europa acumula mais de 27,6 milhões de casos e 603 mil mortes, segundo a organização, que estima que o excesso de mortalidade tenha quintuplicado entre 2019 e 2020.

A Inglaterra voltou a um terceiro confinamento, enquanto a Escócia também está confinada e a Irlanda do Norte e o País de Gales estabeleceram seu terceiro bloqueio logo após o Natal.

A Irlanda endureceu seu confinamento por causa de um "tsunami" de contaminações, segundo seu primeiro-ministro Micheal Martin, e fechou suas escolas até o final do mês.

Mesma situação preocupante no sul da Europa, com Portugal registrando um recorde de 10.000 novas infecções em 24 horas.

A esperança continua sendo a vacinação. Depois da vacina da americana Pfizer e da alemã BioNTech, autorizada no dia 21 de dezembro, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) autorizou a vacina da Moderna, endossada depois por Bruxelas, que dá assim um impulso às campanhas de vacinação contra a covid-19 na UE.

"Teremos 160 milhões de doses adicionais" com a Moderna, após as 300 milhões de doses já encomendadas à Pfizer-BioNTech, saudou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Mais de um milhão de habitantes da União Europeia já receberam uma dose da vacina contra a covid-19. Os dinamarqueses, alemães e italianos lideram a corrida, segundo relatório elaborado pela AFP.

Para a OMS, a vacinação será uma "batalha muito longa". "Ainda temos três ou seis meses de um caminho muito, muito difícil pela frente", disse Michael Ryan, responsável por situações de emergência sanitária da OMS.

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