As campanhas de vacinação em massa, que fazem frente a um galopante avanço da covid-19, não serão suficientes para garantir a imunidade coletiva ainda em 2021 - alertou na segunda-feira (11) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que é esperada na China esta semana
As campanhas de vacinação em massa, que fazem frente a um galopante avanço da covid-19, não serão suficientes para garantir a imunidade coletiva ainda em 2021 - alertou na segunda-feira (11) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que é esperada na China esta semana.
No mundo, o coronavírus já infectou mais de 90 milhões de pessoas, deixando mais de 1,94 milhão de mortos.
Em grande medida, a China conseguiu controlar o vírus e agora adota rígidas restrições para acabar com os novos focos. Mais de meio milhão de pessoas foram confinadas ontem em Pequim.
Os contágios aumentam, porém, em toda Europa, e o Reino Unido enfrenta uma nova cepa que pode causar um novo colapso dos hospitais.
No domingo, a Rússia confirmou seu primeiro caso da nova cepa de covid-19, que seria muito mais contagiosa, de acordo com cientistas.
Nos Estados Unidos, o país mais afetado do mundo, com mais de 376.000 mortes por coronavírus, o presidente eleito Joe Biden recebeu publicamente sua segunda dose da vacina. Para acelerar o ritmo de vacinação, Nova York flexibilizou os critérios de elegibilidade e abriu seus primeiros grandes centros na segunda-feira.
A empresa alemã BioNTech disse que poderá produzir milhões de doses de sua vacina, mais do que inicialmente esperado para este ano, aumentando a produção de 1,3 bilhão para 2 bilhões.
O laboratório, que se associou ao americano Pfizer para produzir a primeira vacina aprovada no Ocidente, também alertou que a covid-19 "provavelmente se tornará uma doença endêmica".
As vacinas terão que lutar contra o surgimento de novas variantes virais e uma "resposta imunológica natural minguante", afirmou a Pfizer.
A OMS advertiu que o uso de máscaras, o distanciamento e a higiene continuarão fazendo parte do dia a dia da humanidade "pelo menos até o fim deste ano".
"Não vamos atingir nenhum nível de imunidade da população, ou imunidade de rebanho em 2021", declarou a chefe da equipe científica da OMS, Soumya Swaminathan, em entrevista coletiva.
A distribuição da vacina "leva tempo", explicou ela.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também disse que a agência "foi informada pelo Japão, no fim de semana, sobre uma nova variante do vírus".
Primeiro país a aprovar a vacina da Pfizer/BioNTech, o Reino Unido abriu sete centros de vacinação em massa no país na segunda-feira.
"As próximas semanas serão as piores desta pandemia", advertiu o principal conselheiro médico do governo, Chris Whitty, em entrevista à rede BBC.