INTERNACIONAL

OMS descarta imunidade coletiva para covid-19 ainda em 2021

As campanhas de vacinação em massa, que fazem frente a um galopante avanço da covid-19, não serão suficientes para garantir a imunidade coletiva ainda em 2021 - alertou na segunda-feira (11) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que é esperada na China esta semana

AFP
12/01/2021 às 09:22.
Atualizado em 23/03/2022 às 22:52

As campanhas de vacinação em massa, que fazem frente a um galopante avanço da covid-19, não serão suficientes para garantir a imunidade coletiva ainda em 2021 - alertou na segunda-feira (11) a Organização Mundial da Saúde (OMS), que é esperada na China esta semana.

No mundo, o coronavírus já infectou mais de 90 milhões de pessoas, deixando mais de 1,94 milhão de mortos.

Em grande medida, a China conseguiu controlar o vírus e agora adota rígidas restrições para acabar com os novos focos. Mais de meio milhão de pessoas foram confinadas ontem em Pequim.

Os contágios aumentam, porém, em toda Europa, e o Reino Unido enfrenta uma nova cepa que pode causar um novo colapso dos hospitais.

No domingo, a Rússia confirmou seu primeiro caso da nova cepa de covid-19, que seria muito mais contagiosa, de acordo com cientistas.

Nos Estados Unidos, o país mais afetado do mundo, com mais de 376.000 mortes por coronavírus, o presidente eleito Joe Biden recebeu publicamente sua segunda dose da vacina. Para acelerar o ritmo de vacinação, Nova York flexibilizou os critérios de elegibilidade e abriu seus primeiros grandes centros na segunda-feira.

A empresa alemã BioNTech disse que poderá produzir milhões de doses de sua vacina, mais do que inicialmente esperado para este ano, aumentando a produção de 1,3 bilhão para 2 bilhões.

O laboratório, que se associou ao americano Pfizer para produzir a primeira vacina aprovada no Ocidente, também alertou que a covid-19 "provavelmente se tornará uma doença endêmica".

As vacinas terão que lutar contra o surgimento de novas variantes virais e uma "resposta imunológica natural minguante", afirmou a Pfizer.

A OMS advertiu que o uso de máscaras, o distanciamento e a higiene continuarão fazendo parte do dia a dia da humanidade "pelo menos até o fim deste ano".

"Não vamos atingir nenhum nível de imunidade da população, ou imunidade de rebanho em 2021", declarou a chefe da equipe científica da OMS, Soumya Swaminathan, em entrevista coletiva.

A distribuição da vacina "leva tempo", explicou ela.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, também disse que a agência "foi informada pelo Japão, no fim de semana, sobre uma nova variante do vírus".

Primeiro país a aprovar a vacina da Pfizer/BioNTech, o Reino Unido abriu sete centros de vacinação em massa no país na segunda-feira.

"As próximas semanas serão as piores desta pandemia", advertiu o principal conselheiro médico do governo, Chris Whitty, em entrevista à rede BBC.

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