INTERNACIONAL

OMS diz que muitos países não fazem o suficiente contra coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) citou uma "longa lista de países" que não estão fazendo o suficiente para impedir a propagação da epidemia de COVID-19, responsável pela adoção de medidas draconianas que deixaram quase 300 milhões de estudantes sem aulas e interromperam o turismo, atingindo muitas companhias aéreas

AFP
05/03/2020 às 20:30.
Atualizado em 07/04/2022 às 08:52

A Organização Mundial da Saúde (OMS) citou uma "longa lista de países" que não estão fazendo o suficiente para impedir a propagação da epidemia de COVID-19, responsável pela adoção de medidas draconianas que deixaram quase 300 milhões de estudantes sem aulas e interromperam o turismo, atingindo muitas companhias aéreas.

Segundo a OMS, "não é hora de abandonar (...) ou encontrar desculpas, é hora de ir fundo" no enfrentamento da epidemia, disse à imprensa o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus,, que criticou a "longa lista" de países que não mobilizaram todos seus esforços.

E a epidemia está se espalhando como fogo em todo o mundo. Já deixou 3.346 mortos e 97.510 infectados, afeta 85 países em todos os continentes, exceto a Antártica, e atrapalha a vida cotidiana de um número crescente de países.

A Itália, como Irã, Índia, Coreia do Sul ou Japão, deu férias a seus estudantes por conta da doença.

O fechamento de 58 mil escolas, faculdades, institutos e universidades é uma medida sem precedentes na Itália, onde mesmo os bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial não paralisaram as instituições de ensino.

A decisão foi "difícil" e com consequências econômicas "de peso", segundo o primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte, que a adotou na véspera contra a opinião de alguns de seus assessores, segundo a imprensa italiana.

De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Educação e a Cultura (Unesco), a epidemia COVID-19 fez com que 13 países decidissem pelo fechamento de escolas, afetando quase 300 milhões de estudantes, uma "decisão sem precedentes".

Há duas semanas, apenas a China, onde o vírus surgiu em dezembro, era o único país a adotar essa medida.

Transportes públicos, estádios, salas de espetáculos ou locais de culto, ou seja, todos os espaços fechados que acolhem grupos de pessoas devem ser evitados.

A Rússia cancelou seu principal fórum econômico marcado para junho em São Petersburgo.

O Parlamento Europeu transferiu sua sessão plenária prevista para a semana que vem em Estrasburgo para Bruxelas, devido à disseminação do vírus na França, onde 7 mortes e 138 casos foram registrados nas últimas 24 horas, elevando o número total de infectados a 423, afetando todo o país.

Na Grécia, em meio à crise migratória, 21 dos 24 passageiros de um ônibus, turistas que viajaram para Israel por vários dias, apresentaram resultado positivo para o coronavírus, aumentando o número de casos no país para 31.

Muitos países tomam medidas para proibir a entrada em seu território de viajantes de áreas de risco ou impor quarentenas para tentar se proteger da epidemia.

Pelo menos 36 países impuseram restrições à entrada de pessoas da Coreia do Sul, de acordo com Seul, e outros 22 impuseram medidas de quarentena.

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