INTERNACIONAL

OMS pede que países levem mais a sério a epidemia de coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que muitos países não estão levando suficientemente a sério a epidemia de coronavírus, que mantém sua trajetória de propagação em todo planeta e chegou ao Vaticano nesta sexta-feira (6)

AFP
06/03/2020 às 10:41.
Atualizado em 07/04/2022 às 08:43

A Organização Mundial da Saúde (OMS) advertiu que muitos países não estão levando suficientemente a sério a epidemia de coronavírus, que mantém sua trajetória de propagação em todo planeta e chegou ao Vaticano nesta sexta-feira (6).

O número de contágios alcançou 98.123 em 87 países, incluindo 3.385 mortes, de acordo com um balanço estabelecido pela AFP nesta sexta.

O Vaticano anunciou o primeiro caso e informou a suspensão do atendimento a pacientes externos em seu pequeno centro médico, onde o contágio foi registrado.

"O vírus está na Europa. Devemos adaptar agora nossas medidas", afirmou o alemão Jens Spahn ao chegar em Bruxelas para uma reunião de ministros da Saúde da União Europeia (UE) para debater maneiras de conter a propagação.

A Espanha anunciou cinco mortes e um total de 345 casos nesta sexta-feira, enquanto a Holanda, que tem 82 contágios, registrou a primeira morte. O Irã somou outros 17 óbitos, para um total de 124 vítimas fatais e 4.747 infectados.

A Eslováquia anunciou o primeiro caso, importado da Itália, o país da Europa mais afetado. o Butão também indicou o primeiro contágio, um turista americano.

"Isto não é um exercício. Não é o momento de abandonar, não é o momento de procurar desculpas, é o momento de ir fundo", criticou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao alfinetar, sem citar os nomes, uma "longa lista" de países que não têm feito o suficiente para lutar contra vírus.

Na China, onde a epidemia surgiu em dezembro, a doença está em um momento de estabilização. O país anunciou 143 novos casos e 30 mortes nesta sexta-feira, mas agora teme o risco de recontaminação com pessoas procedentes do exterior. Até o momento, foram 36 casos importados.

O Congresso americano aprovou um plano de emergência de 8,3 bilhões de dólares para financiar a luta contra a COVID-19 no país, que registra 12 mortes e 180 casos de contágio.

O principal sindicato de enfermeiros dos Estados Unidos denunciou o pouco preparo de vários hospitais e manifestou preocupação com a falta de equipamento e de informações para os profissionais da saúde.

Na Califórnia, as autoridades começaram a examinar os passageiros de um cruzeiro retido na costa.

Com 3.500 pessoas a bordo, o "Grand Princess" pertence à mesma empresa que o "Diamond Princess", que permaneceu bloqueado na costa do Japão e onde foram registrados mais de 700 contágios, seis deles fatais.

No Egito, as autoridades detectaram 12 casos entre os tripulantes de um cruzeiro no Nilo.

Em poucas semanas, muitos países viram o fim dos estoques de máscaras, gel desinfetante, luvas, trajes de proteção e óculos. Vários governos proibiram a exportação de material médico para reservar os produtos para profissionais de saúde e infectados.

Em um fato incomum na China, moradores de Wuhan - epicentro da epidemia e cujos 11 milhões de habitantes vivem confinados desde o fim de janeiro - vaiaram a vice-primeira-ministra que visitava a cidade, pela falta de mantimentos.

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