INTERNACIONAL

OMS pede vigilância com pandemia que ganha força no mundo

A OMS lançou um alerta contra a tentação de baixar a guarda diante de uma pandemia de covid-19 que se agrava, principalmente nos Estados Unidos, apesar do otimismo despertado pela chegada das vacinas

AFP
05/12/2020 às 08:52.
Atualizado em 24/03/2022 às 03:18

A OMS lançou um alerta contra a tentação de baixar a guarda diante de uma pandemia de covid-19 que se agrava, principalmente nos Estados Unidos, apesar do otimismo despertado pela chegada das vacinas.

Os Estados Unidos enfrentam um sério agravamento da crise, com 225.000 novos casos e 2.500 mortes registradas em 24 horas na sexta-feira, dias depois que muitos americanos viajaram no final de novembro para o feriado de Ação de Graças.

Por sua vez, o vizinho Canadá ultrapassou na sexta os 400.000 casos, pouco mais de duas semanas depois de atingir 300.000, o que marca uma forte aceleração da pandemia.

Diante do perigo, o presidente eleito Joe Biden espera uma cerimônia de posse em janeiro amplamente online para seguir as "recomendações dos especialistas".

"Portanto, é altamente improvável que tenhamos um milhão de pessoas no Mall", a grande avenida do centro de Washington, advertiu o democrata de 77 anos.

De fato, especialistas da OMS pediram que os países não baixem a guarda diante do otimismo despertado pela chegada prevista das vacinas.

"Vacinas não significam covid zero", destacou Mike Ryan, especialista da Organização Mundial da Saúde (OMS), pedindo "às pessoas que continuem fazendo esforços".

"A imunização será uma ferramenta importante e poderosa no kit de ferramentas que temos. Mas, por si só, não fará o trabalho", alertou.

Com a chegada das vacinas, "começamos a ver o fim da pandemia", estimou na sexta o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, enquanto alertava que o vírus continua a exercer enorme pressão sobre os hospitais.

No Reino Unido, as autoridades sanitárias consideram "provável" uma regressão significativa da pandemia "até a primavera" (boreal) graças à vacinação. Mas se preparam primeiro para um agravamento da situação depois do Natal.

País com mais mortos pela covid na Europa (mais de 60.000), o Reino Unido se tornou esta semana o primeiro país ocidental a autorizar uma vacina contra o novo coronavírus, dando luz verde à da Pfizer/BioNTech. As primeiras doses devem ser injetadas na próxima semana.

Ele foi acompanhado na sexta-feira pelo Bahrein, o segundo país do mundo a conceder essa autorização.

A pandemia de coronavírus infectou mais de 65 milhões de pessoas e matou mais de 1,5 milhão em todo o mundo.

A epidemia avança principalmente na Itália, enquanto a América Latina e o Caribe registraram um aumento de 18% nos casos em uma semana.

Um total de 51 vacinas candidatas estão sendo testadas em humanos, com treze na fase final de testes, de acordo com a OMS.

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