O embargo à venda de armas imposto à Líbia desde 2011 está sendo quebrado, disse a emissária interina da ONU no país africano, Stephanie Williams, em uma sessão do Conselho de Segurança nesta quarta-feira
O embargo à venda de armas imposto à Líbia desde 2011 está sendo quebrado, disse a emissária interina da ONU no país africano, Stephanie Williams, em uma sessão do Conselho de Segurança nesta quarta-feira.
Desde o último relatório de 8 de julho, "cerca de 70 aviões pousaram em aeroportos orientais em apoio" ao exército do marechal Khalifa Haftar, o homem forte naquela parte da Líbia, afirmou Williams.
"Foram enviados cerca de trinta voos de reabastecimento a aeroportos do oeste da Líbia em apoio ao GNA (Governo da União Nacional)", sediado em Trípoli e reconhecido pela ONU.
"Cerca de nove cargueiros atracaram em portos ocidentais em apoio ao GNA, enquanto três navios chegaram para apoiar" as tropas sob o comando de Haftar, acrescentou Williams, sem dar detalhes sobre o conteúdo desses navios.
"Apoiadores estrangeiros estão fortalecendo suas capacidades nas principais bases aéreas da Líbia no leste e oeste", apontou, denunciando um ataque à soberania da Líbia "e uma violação flagrante" do embargo de armas da ONU.
A missão da ONU na Líbia, cujo mandato deverá ser renovado em meados de setembro, "continua a receber informações sobre uma presença maciça de mercenários e agentes estrangeiros, o que complica (...) as possibilidades de uma solução futura" para o conflito, lamentou.
A Líbia vive imersa num caos desde a queda do líder Muammar Gaddafi em 2011.
As duas potências rivais que disputam o comando contam com ajuda militar de outros países: GNA, da Turquia, e Haftar, da Rússia, Egito e Emirados Árabes Unidos.
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