INTERNACIONAL

ONU denuncia violações ao embargo sobre a venda de armas na Líbia

O embargo à venda de armas imposto à Líbia desde 2011 está sendo quebrado, disse a emissária interina da ONU no país africano, Stephanie Williams, em uma sessão do Conselho de Segurança nesta quarta-feira

AFP
02/09/2020 às 17:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:54

O embargo à venda de armas imposto à Líbia desde 2011 está sendo quebrado, disse a emissária interina da ONU no país africano, Stephanie Williams, em uma sessão do Conselho de Segurança nesta quarta-feira.

Desde o último relatório de 8 de julho, "cerca de 70 aviões pousaram em aeroportos orientais em apoio" ao exército do marechal Khalifa Haftar, o homem forte naquela parte da Líbia, afirmou Williams.

"Foram enviados cerca de trinta voos de reabastecimento a aeroportos do oeste da Líbia em apoio ao GNA (Governo da União Nacional)", sediado em Trípoli e reconhecido pela ONU.

"Cerca de nove cargueiros atracaram em portos ocidentais em apoio ao GNA, enquanto três navios chegaram para apoiar" as tropas sob o comando de Haftar, acrescentou Williams, sem dar detalhes sobre o conteúdo desses navios.

"Apoiadores estrangeiros estão fortalecendo suas capacidades nas principais bases aéreas da Líbia no leste e oeste", apontou, denunciando um ataque à soberania da Líbia "e uma violação flagrante" do embargo de armas da ONU.

A missão da ONU na Líbia, cujo mandato deverá ser renovado em meados de setembro, "continua a receber informações sobre uma presença maciça de mercenários e agentes estrangeiros, o que complica (...) as possibilidades de uma solução futura" para o conflito, lamentou.

A Líbia vive imersa num caos desde a queda do líder Muammar Gaddafi em 2011.

As duas potências rivais que disputam o comando contam com ajuda militar de outros países: GNA, da Turquia, e Haftar, da Rússia, Egito e Emirados Árabes Unidos.

prh/la/gma/llu/cc

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