Conselho Municipal de Saúde

Oposição questiona reeleição de Milton Costa

Walter Brandi Koch Rodrigues, jornalista e autodenominado líder do Movimento de Combate à Corrupção em Piracicaba (MCCP), entende que Milton Costa já foi reconduzido ao posto por dois mandatos, o que seria proibido

Romualdo Cruz Filho
04/02/2023 às 06:07.
Atualizado em 04/02/2023 às 06:07
Reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS), do qual Milton Costa é presidente. Ele diz que não está sendo reconduzido, mas reeleito ao cargo (Divulgação)

Reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS), do qual Milton Costa é presidente. Ele diz que não está sendo reconduzido, mas reeleito ao cargo (Divulgação)

Há um embate político se desenvolvendo há anos no corpo de integrantes do Conselho Municipal de Saúde (CMS). Pelo fato do presidente do Sindicato da Construção Civil, Milton Costa, estar há vários mandatos como presidente da instância colegiada que delibera sobre questões ligadas à Secretaria Municipal de Saúde, seus opositores buscam substituí-lo a cada eleição da mesa diretora, mas sem sucesso.

Walter Brandi Koch Rodrigues, jornalista e autodenominado líder do Movimento de Combate à Corrupção em Piracicaba (MCCP), entende que Milton Costa já foi reconduzido ao posto por dois mandatos, o que seria proibido, de acordo com o Regimento Interno do CMS, que veda a reeleição por mais de uma vez.

"Já encaminhamos ao Ministério Público uma representação sobre isso, mas o promotor está sentado sobre a representação desde o ano passado e não dá andamento ao caso", afirmou. Segundo ele, caberia ao município verificar a situação e não aprovar a reeleição como está sendo feita. Ou seja, segundo ele, uma diretoria com problemas legais em relação ao regimento interno do CMS estaria aprovando contas do município.

Milton Costa, por sua vez, disse que a tese desse pessoal não tem o menor fundamento, "porque não estou sendo reconduzido, mas, sim, eleito". Segundo ele, qualquer integrante do CMS que tenha participação ativa nas reuniões pode se candidatar à presidência quantas vezes quiser, mas precisa ser eleito para continuar no cargo. Não conseguem se eleger e ficam nessa. Ou seja, estou sendo eleito e não reconduzido por mim mesmo ou pela mesa diretora. Sou convidado para dar continuidade ao trabalho e por não haver alguém que se dedique de fato à missão, acabo aceitando, mas por responsabilidade e não por qualquer outro interesse".

Segundo Milton Costa, o MP já deliberou sobre o assunto e não apontou nada de errado sobre como o processo está sendo encaminhado. "Trata-se de um grupo político, que quer o cargo para projeção pessoal. No meu caso, faço aquilo com muito carinho, como voluntário. Não ganho absolutamente nada com isso. Muito pelo contrário, temos que trabalhar constantemente com problemas. É só bucha", enfatizou.

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