INTERNACIONAL

Opositora bielorrussa Tikhanovskaya na lista de 'procurados' da Rússia

A líder opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya está na lista de "procurados" da Rússia por acusações criminais, informou o Ministério do Interior russo nesta quarta-feira (7)

AFP
07/10/2020 às 14:26.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:53

A líder opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya está na lista de "procurados" da Rússia por acusações criminais, informou o Ministério do Interior russo nesta quarta-feira (7).

A mulher de 38 anos que se refugiou na Lituânia, membro da UE, após reivindicar a vitória nas eleições bielorrussas de agosto, é "procurada por uma acusação criminosa", afirmou o Ministério do Interior de Moscou em resposta a um pedido da AFP, confirmando afirmações da imprensa.

A adversária do presidente bielorrusso Alexandre Lukashenko está nesta base de dados russa disponível online por uma "infração ao código penal", de acordo com sua ficha.

A agência Ria Novosti destacou que essa acusação diz respeito a processos iniciados em Belarus por "incentivos a ações que afetam a segurança nacional", crime passível de penas de três a cinco anos de prisão.

Na medida em que Belarus a procura e que Moscou e Minsk estão relacionados por um tratado de união, a Rússia também a declarou como procurada.

A ficha não especifica, no entanto, desde quando ela está nessa lista.

Tikhanovskaya fugiu de Belarus para a Lituânia depois de receber ameaças das autoridades, dias após a eleição presidencial de 9 de agosto, que ela afirma ter ganhado.

Esta eleição e a reeleição de Lukashenko causaram uma onda de protestos sem precedentes no país, que não pararam até o momento.

As manifestações reúnem há dois meses todos os domingos cerca de 100.000 pessoas em Minsk, apesar da repressão que levou à prisão e ao exílio de quase todas as figuras da oposição.

A Rússia deu todo o seu apoio ao chefe de Estado bielorrusso, apesar dos apelos de Tikhanovskaya para que a Rússia favoreça uma transição de poder e um diálogo com a oposição.

Nos últimos dias, a líder foi recebida pelo presidente francês Emmanuel Macron e pela chanceler alemã Angela Merkel.

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