INTERNACIONAL

Opositores iranianos no exílio revelam instalação militar secreta perto de Teerã

Um grupo de opositores iranianos no exílio disse nesta sexta-feira (16) que identificou um novo local militar secreto perto de Teerã, que, segundo eles, poderia abrigar um centro de testes para o desenvolvimento do programa nuclear militar do país, oficialmente limitado a atividades civis desde 2015

AFP
16/10/2020 às 17:05.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:39

Um grupo de opositores iranianos no exílio disse nesta sexta-feira (16) que identificou um novo local militar secreto perto de Teerã, que, segundo eles, poderia abrigar um centro de testes para o desenvolvimento do programa nuclear militar do país, oficialmente limitado a atividades civis desde 2015.

"Um novo centro foi construído para continuar a armar o programa nuclear do regime iraniano", informou o Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI) em uma entrevista coletiva em Washington, transmitida online.

Esse grupo, ilegal no Irã, é a vitrine política dos Mujahedins do Povo (MEK), um grupo armado que se opõe ao poder islâmico e uma organização classificada como "seita terrorista" por Teerã.

Usando fotos de satélite, o CNRI afirma que um prédio foi construído entre 2012 e 2017 em uma zona militar a oeste de Teerã, na região de Sorkheh Hesar.

"Estando localizados em uma zona militar, eles encontraram uma cobertura adequada para manter em segredo os movimentos e identidades das pessoas no local", disse Alireza Jafarzadeh, vice-diretora do CNRI em Washington.

O local seria operado pelo SPND, braço do Ministério da Defesa iraniano que eles dizem ser conhecido por fazer testes para fabricar armas nucleares.

Em particular, eles tiveram experiências semelhantes em 2000.

"Nossas revelações provam que o acordo de Viena não impede as atividades dos mulás para obter armas nucleares", alerta o grupo de opositores.

O acordo de Viena de 2015 oferece ao Irã o levantamento das sanções internacionais que sufocavam sua economia em troca de garantias verificadas pela ONU para atestar o caráter exclusivamente civil de suas atividades nucleares.

Os Estados Unidos saíram unilateralmente do acordo em maio de 2018, argumentando que o texto não oferece garantias suficientes para impedir o Irã de adquirir a bomba atômica, e reinstaurou as sanções econômicas; enquanto os outros signatários do acordo, especialmente os europeus, estão tentando mantê-lo vivo.

Após a decisão dos EUA, o Irã decidiu se libertar progressivamente de certas obrigações do acordo.

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