INTERNACIONAL

Os efeitos colaterais das vacinas, uma preocupação primordial

As primeiras vacinas contra a covid-19 já começaram a ser usadas, sem que houvesse esclarecimentos completos sobre seus efeitos colaterais

AFP
11/12/2020 às 16:52.
Atualizado em 24/03/2022 às 04:11

As primeiras vacinas contra a covid-19 já começaram a ser usadas, sem que houvesse esclarecimentos completos sobre seus efeitos colaterais.

Dados detalhados sobre as duas vacinas mais avançadas foram divulgados esta semana e ambas são consideradas seguras.

Por um lado, os dados da vacina Pfizer/BioNTech - já autorizada em vários países - apareceram na revista médica NEJM, após terem sido divulgados pela United States Medicines Agency (FDA).

O ensaio clínico realizado com cerca de 40.000 voluntários mostra que esta vacina causa efeitos colaterais clássicos, às vezes incômodos, mas sem perigo: 80% dos vacinados tinham dor no local da injeção, muitos experimentaram fadiga, dores de cabeça e rigidez muscular e alguns registrado inchaço temporário nos gânglios linfáticos. Os efeitos foram mais frequentes e intensos nos jovens.

Dados de outra vacina, a da AstraZeneca e da Universidade Britânica de Oxford, apareceram em outra prestigiosa revista médica, The Lancet, que mostram que essa vacina, administrada a 23.000 voluntários no âmbito de um ensaio clínico, "é segura".

Essas vacinas são baseadas em duas técnicas diferentes. A da Pfizer/BioNTech usa uma tecnologia até então inédita chamada "RNA mensageiro". Já a da AstraZeneca/Oxford é uma vacina de "vetor viral": ela é suportada por outro vírus (um adenovírus do chimpanzé).

Na França, o infectologista Eric Caumes garantiu a vários meios de comunicação que estava pessoalmente relutante em receber a vacina Pfizer/BioNTech, porque "nunca observou" uma frequência "tão alta" de efeitos colaterais.

"Essas vacinas são conhecidas por induzirem reações fortes: seu nível de segurança é muito satisfatório, mas causam dor no braço, causam fadiga. Isso precisa ficar claro para os cidadãos", ressalta a virologista Marie-Paule Kieny em uma audiência parlamentar.

Para as vacinas Pfizer/BioNTech e AstraZeneca/Oxford, os efeitos colaterais até agora são poucos.

Apenas um paciente que recebeu a vacina AstraZeneca/Oxford teve um "efeito colateral sério possivelmente relacionado" à injeção, de acordo com dados publicados no The Lancet.

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