INTERNACIONAL

Os escândalos de abusos sexuais contra menores na Igreja Católica

A Igreja Católica foi abalada em todo o mundo por uma onda de escândalos sexuais contra menores, que geraram inúmeras investigações como a publicada nesta quinta-feira (18) na Alemanha

AFP
19/03/2021 às 04:45.
Atualizado em 22/03/2022 às 07:56

A Igreja Católica foi abalada em todo o mundo por uma onda de escândalos sexuais contra menores, que geraram inúmeras investigações como a publicada nesta quinta-feira (18) na Alemanha.

Durante sua viagem ao Chile em janeiro de 2018, o papa Francisco defendeu o bispo chileno Juan Barros diante da suspeita de ter encoberto os crimes sexuais de um padre. Depois voltou atrás, convidou algumas das vítimas para Roma e convocou todos os bispos chilenos.

Esses últimos apresentaram sua renúncia em bloco após a reunião. Algumas delas, como a do bispo Barros e a do arcebispo de Santiago do Chile, o cardeal Ricardo Ezzati, acusado de encobrir os padres, foram aceitas.

Em outubro de 2018, os tribunais chilenos ordenaram que a Igreja pagasse 450 milhões de pesos (671.000 dólares) em indenização às três vítimas.

O papa Francisco destituiu em fevereiro de 2019 o ex-cardeal americano Theodore McCarrick, de 88 anos, acusado de agressão sexual há quase meio século. Essa foi a primeira vez que um cardeal foi "reduzido ao estado laico" por tais acusações.

Em 2018, uma investigação do Ministério Público da Pensilvânia descobriu abusos sexuais encobertos pela Igreja Católica desse estado, cometidos por mais de 300 "padres predadores" contra ao menos mil meninos.

O escândalo obrigou o ex-arcebispo de Pittsburgh, Donald Wuerl, a renunciar.

Na década de 2000, segundo uma ampla investigação do Boston Globe, a hierarquia da diocese e em particular o ex-arcebispo Bernard Law encobriram sistematicamente os abusos sexuais cometidos por cerca de 90 padres durante décadas.

Refugiado no Vaticano após renunciar ao arcebispado, Bernard Law morreu em 2017.

A Igreja dos Estados Unidos recebeu denúncias de mais de 18.500 vítimas de abusos sexuais por parte de mais de 6.700 clérigos entre 1950 e 2016, segundo o bishop-accountability.org.

O cardeal George Pell foi condenado em 2019 a seis anos de prisão pelo estupro e agressão sexual de dois coroinhas em 1996 e 1997 na catedral de São Patrício, na cidade de Melbourne (sudeste), onde era arcebispo.

Sua condenação, confirmada em apelação, foi anulada pelo tribunal superior da Austrália, que o absolveu em 2020 alegando o benefício da dúvida.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por