O vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, renunciou ao cargo nesta terça-feira (7), no momento em que o país se prepara para as eleições gerais de fevereiro de 2021
O vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, renunciou ao cargo nesta terça-feira (7), no momento em que o país se prepara para as eleições gerais de fevereiro de 2021.
É o terceiro vice-presidente que se demite nos últimos três anos.
Sonnenholzner não deu detalhes sobre os motivos de sua saída.
"Apresento à Assembleia Nacional do Equador minha renúncia irrevogável ao cargo de vice-presidente", disse Sonnenholzner em uma carta enviada ao Congresso.
A casa o elegeu em dezembro de 2018, a partir de uma pequena lista apresentada pelo presidente Lenín Moreno, como prevê a Constituição.
A Assembleia, com 137 membros, informou que dentro de 15 dias Moreno deve enviar uma nova lista de candidatos para designar um substituto. Ele deve ser eleito por maioria absoluta para assumir o cargo até maio de 2021, quando termina o atual mandato presidencial de quatro anos.
"Não é uma decisão fácil, o mais cômodo seria ficar, mas nunca agi em torno de minha comodidade. Por isso, hoje o responsável é sair", disse Sonnenholzner em um discurso oficial transmitido pela rádio e televisão, sem informar se a decisão se deve a uma eventual candidatura à presidência em 2021.
"Sempre disse que não estou aqui pelo cargo, pelo salário ou pelas honras, e que no momento em que sentisse que este cargo se tornou um impedimento para servir e abordar os assuntos mais relevantes do país, preferiria sair como entrei e é isso o que farei", acrescentou.
Em uma carta, Moreno agradeceu ao "querido Otto" por "ter aceitado o enorme desafio de servir". "Desejo sucesso em seu futuro pessoal e em todas as decisões que você tomar", acrescentou.
Sonnenholzner, 37 anos, empresário do setor de comunicação, enfatizou que deixará o cargo "com a cabeça erguida e de mãos dadas com sua esposa", como fez quando assumiu e se tornou o terceiro vice-presidente do atual governo.
O primeiro, Jorge Glas, eleito em 2017 como companheiro de chapa de Moreno, perdeu o cargo ao ser preso por acusações de receber propinas da construtora Oderbrecht, e hoje cumpre seis anos de condenação.
Sua sucessora, María Alejandra Vicuña, eleita pelo Congresso em janeiro de 2018, renunciou à vice-presidência em dezembro do mesmo ano, ao ser acusada por casos de corrupção.
A sete meses das eleições gerais do Equador, ainda não há candidatos oficializados para concorrer à presidência.
Sonnenholzner, um político independente, não descartou a possibilidade de se candidatar à votação que considerou como "uma das mais importantes" da história do país.