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Ouro bate recordes, mas quem são seus compradores?

O preço do ouro bate recordes e, nesta terça-feira, registrou um novo, alcançando US$ 1.981,27 a onça, graças ao número de investidores que procuram títulos de refúgio

AFP
28/07/2020 às 14:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 18:00

O preço do ouro bate recordes e, nesta terça-feira, registrou um novo, alcançando US$ 1.981,27 a onça, graças ao número de investidores que procuram títulos de refúgio.

A demanda pelo mais famoso dos metais é diversa e responde a diferentes necessidades, do joalheiro até o banco central, passando pela indústria.

Estes são os principais componentes de sua demanda.

A joalheria, o primeiro componente da demanda, representou 48,4% de seu total em 2019.

Nesse setor, a China é o consumidor número um de ouro, seguido de perto pela Índia.

Esses dois gigantes asiáticos respondem por mais da metade da demanda do metal para joias.

A demanda indiana tem a particularidade de ser cíclica com a estação do casamento, que ocorre de abril a outubro. Entretanto, com a pandemia da COVID-19, a demanda dos joalheiros caiu cerca de 40% no primeiro trimestre, em comparação com o mesmo período de 2019.

Os investidores responderam por cerca de 30% da demanda de ouro em 2019 e estão divididos entre compras de peças e barras de ouro (dois terços) e fundos vinculados ao metal amarelo (um terço), chamados ETF.

Esses títulos financeiros cresceram no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o mesmo período do ano anterior, multiplicando por sete.

"A pandemia global de COVID-19 desencadeou a demanda por ouro como um valor de refúgio, compensando as fraquezas nos setores focados no consumidor", afirmou o Conselho Mundial do Ouro no final de março.

O aumento foi tão significativo que a demanda da ETF quase correspondeu à demanda de joias.

Já a demanda por peças e lingotes mudou pouco.

A demanda de instituições, fundamentalmente dos bancos centrais, representou 14,9% da demanda total em 2019.

Nos últimos anos, as compras do banco central cresceram consideravelmente (+ 74% em 2018, estabilização em 2019).

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