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Padre acusado de abusos sexuais no Vaticano defende sua inocência

O padre acusado de abusos sexuais durante sua juventude contra outro menor dentro de uma residência para adolescentes do Vaticano disse nesta quarta-feira (10) que as acusações são totalmente "infundadas"

AFP
10/02/2021 às 16:11.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:34

O padre acusado de abusos sexuais durante sua juventude contra outro menor dentro de uma residência para adolescentes do Vaticano disse nesta quarta-feira (10) que as acusações são totalmente "infundadas".

No tribunal da Santa Sé que o julga pelo suposto estupro de um menor, o padre Gabriele Martinelli rejeitou todas as acusações e se declarou inocente.

"São acusações infundadas (...). Ao falar de minhas agressões, queriam me atacar e atacar principalmente o pré-seminário" São Pio X, a residência dentro do Vaticano para crianças e adolescentes que estudam em uma escola privada do centro de Roma, os quais costumam ser coroinhas durante as missas celebradas na basílica de São Pedro, explicou Martinelli.

A Justiça vaticana decidiu em outubro abrir um julgamento após a publicação do livro "Pecado original" do jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, que denuncia os abusos cometidos nesse pré-seminário entre 2011-2012.

Segundo os relatos, o acusado e a vítima tinham 14 e 13 anos quando aconteceram os fatos, que se prolongaram por cinco anos.

Martinelli, que foi ordenado padre em 2017, atualmente com 29 anos, foi acusado de agressões sexuais repetidas entre 2007 e 2012.

Durante a audiência foram citadas as cartas enviadas pela suposta vítima, nas quais acusa Martinelli, entre elas algumas dirigidas ao papa Francisco.

A vítima compartilhou o quarto por vários anos com um jovem polonês, Kamil Tadeusz Jarzembowksi, que contou à imprensa que costumava comparecer frequentemente ao quarto do seminarista para ter relações sexuais porque "se sentia obrigado a ceder às suas demandas", já que não se tratava de uma relação amorosa.

Martinelli trabalha atualmente em um lar de idosos em Lombardia, ao norte da Itália.

As próximas audiências do julgamento foram programadas para 24 e 25 de fevereiro, quando as testemunhas serão ouvidas.

bur-kv/mb/aa

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