INTERNACIONAL

Pandemia provoca mais de 350.000 mortes no mundo e avança na AL

O novo coronavírus matou mais de 350.000 pessoas no mundo e continua avançando na América Latina, especialmente no Brasil, enquanto na Europa a flexibilização do confinamento segue adiante, e a UE revela um plano bilionário de recuperação econômica

AFP
27/05/2020 às 10:49.
Atualizado em 27/03/2022 às 22:22

O novo coronavírus matou mais de 350.000 pessoas no mundo e continua avançando na América Latina, especialmente no Brasil, enquanto na Europa a flexibilização do confinamento segue adiante, e a UE revela um plano bilionário de recuperação econômica.

Com 1.039 mortes por COVID-19 nas últimas 24 horas, o Brasil é o país que registra mais vítimas fatais diárias há quatro dias, superando os Estados Unidos, cujo balanço diário de terça-feira foi de 657 óbitos.

Com mais de 24.500 mortes e 391.222 contágios oficialmente declarados, o Brasil é o segundo país com mais casos de COVID-19 no mundo e o sexto em número de mortes. Especialistas afirmam que, devido à falta de exames, o número real de infectados pode ser até 15 vezes maior.

Os novos casos diários na América Latina superam os da Europa e dos Estados Unidos, o que tornou o continente latino-americano, "sem nenhuma dúvida", o novo epicentro da pandemia, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPS).

De acordo com um balanço da AFP com base em fontes oficiais, atualizado nesta quarta-feira, 75% das mortes provocadas pelo coronavírus estão na Europa e nos EUA. Em todo mundo, a COVID-19 infectou mais de 5,5 milhões de pessoas.

Com a economia mundial paralisada, os estragos do coronavírus nas áreas econômica e social são devastadores. Nesta quarta-feira, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) considerou que um em cada seis jovens está sem trabalho por causa da pandemia.

A Comissão Europeia divulga nesta quarta-feira os planos para sair da profunda recessão em 2020, com um fundo de reconstrução de 750 bilhões euros. Para isso, ainda precisa convencer os 27 governantes do continente.

A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, anunciou um plano muito aguardado, mas fonte de divergências entre os países do norte e do sul do bloco.

Duramente afetadas pela pandemia, Espanha e Itália acusam os países do norte de falta de solidariedade. De acordo com fontes da Comissão, serão as nações mais beneficiadas por este plano.

A divisão se concentra em saber se o apoio aos países mais atingidos pela COVID-19 deve acontecer com empréstimos, como defende a Holanda, aumentando a já volumosa dívida dos primeiros, ou por meio de ajuda direta.

A crise de saúde agravou a situação dos mais vulneráveis. De acordo com a ONG Oxfam, a pandemia pode levar 500 milhões de pessoas à pobreza.

Na Espanha, a crise impactou uma economia que já registrava a segunda maior taxa de desemprego da Eurozona, atrás apenas da Grécia, e levou muitas pessoas a pedir comida pela primeira vez na vida.

O país, que nesta quarta-feira iniciou um luto nacional de 10 dias em memória dos mais de 27.000 mortos de COVID-19, avança na flexibilização do confinamento.

Com quase 33.000 mortos, a Itália também está recuperando uma relativa normalidade. Quase todos os monumentos e edifícios mais famosos da península reabriram ao público, entre eles Pompeia, a Basílica de São Pedro em Roma, a Galeria Borghese, os museus da capital, ou as catedrais de Florença e Milão.

Será necessário aguardar até 1o de junho para entrar no Coliseu de Roma, o local turístico mais visitado da Itália, e nos museus do Vaticano.

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