INTERNACIONAL

Pandemia se agrava em Brasil e EUA; número de infectados no mundo supera 65 milhões

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,5 milhão de mortes no mundo, infectou 65 milhões de pessoas e está acelerando nos Estados Unidos e no Brasil, enquanto vários países preparam seus planos de vacinaçao em massa, embora a OMS tenha alertado hoje que a vacina não eliminaria totalmente o vírus

AFP
04/12/2020 às 17:41.
Atualizado em 24/03/2022 às 03:15

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 1,5 milhão de mortes no mundo, infectou 65 milhões de pessoas e está acelerando nos Estados Unidos e no Brasil, enquanto vários países preparam seus planos de vacinaçao em massa, embora a OMS tenha alertado hoje que a vacina não eliminaria totalmente o vírus.

Desde que a pandemia foi detectada na China em dezembro de 2019, o planeta registra 65.202.960 casos e 1.507.480 mortes, de acordo com o balanço atualizado pela AFP nesta sexta-feira (4), com base em números oficiais dos países.

País mais afetado, com 276.401 óbitos, os Estados Unidos registraram na quinta-feira mais de 210.000 contágios em 24 horas, o recorde absoluto desde o início da pandemia, apontam dados da Universidade Johns Hopkins.

Na Califórnia, as internações aumentaram 86% nos últimos 14 dias, informou o governador Gavin Newsom, que anunciou a proibição de reuniões e de atividades não essenciais para evitar o colapso dos hospitais.

As autoridades de saúde dos Estados Unidos advertiram que as viagens de milhões de americanos pelo Dia de Ação de Graças na semana passada poderiam provocar um aumento expressivo de casos - um "novo surto além do surto atual", como afirmou o imunologista Anthony Fauci.

O emprego na maior potência mundial segue estagnado devido ao avanço do vírus, embora o índice de desemprego tenha caído para 6,7% em novembro.

- Covid zero? -

Vários países começaram a planejar suas campanhas de vacinação, com a esperança de frear a pandemia, mas a OMS advertiu hoje que, sozinha, a vacina não eliminaria a doença.

"A Organização Mundial da Saúde está preocupada com a percepção crescente de que a pandemia acabou. As vacinas não significam Covid zero. Vacinas e vacinação não irão resolver, sozinhas, o problema", assinalou o diretor de Emergências da instituição, Michael Ryan.

O Reino Unido, país mais afetado da Europa com 60 mil mortos, anunciou o início da vacinação na próxima semana para os residentes e funcionários de casas de repouso. Na quarta-feira, o país foi o primeiro no mundo a aprovar o uso da vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer e BioNTech.

Tanto Pfizer/BioNTech quanto Moderna - que prevê disponibilizar entre 100 milhões e 125 milhões de doses de sua vacina contra a covid-19 no primeiro trimestre de 2021, a grande maioria para os Estados Unidos - solicitaram a aprovação da Agência de Alimentos e Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) americana.

Joe Biden e os ex-presidentes americanos Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton anunciaram que estão dispostos a tomar a vacina em público, para estimular seus compatriotas a fazerem o mesmo.

Na Rússia, o presidente Vladimir Putin pediu que a vacinação gratuita em larga escala comece no fim da próxima semana. A vacina russa Sputnik V está na terceira e última fase de testes clínicos, com a participação de 40.000 voluntários. Os cientistas que desenvolveram a vacina russa afirmam que a mesma apresenta 95% de eficácia, assim como a da Pfizer/BioNTech.

Na Europa, onde os novos confinamentos impostos recentemente dão frutos, há vários cenários. A Espanha, um dos países europeus mais atingidos, com quase 1,7 milhão de infectados, deve iniciar sua campanha de vacinação no começo de janeiro e ter imunizado entre 15 milhões e 20 milhões de pessoas até junho, anunciou o governo hoje.

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