INTERNACIONAL

Pandemia silencia vitória de Joe Biden no Partido Democrata

Diante de milhares de pessoas, Barack Obama comemorou com entusiasmo o início de uma aventura "histórica"

AFP
12/04/2020 às 09:07.
Atualizado em 31/03/2022 às 04:17

Diante de milhares de pessoas, Barack Obama comemorou com entusiasmo o início de uma aventura "histórica". Sob uma salva de aplausos, Hillary Clinton saudou a mudança que a tornou a primeira mulher a concorrer à presidência dos Estados Unidos. Joe Biden, por outro lado, deve lidar com um cenário diferente marcado pelo coronavírus.

O ex-vice-presidente de Obama comemorou sua vitória nas primárias democratas com um comunicado e algumas declarações on-line do porão de sua casa, onde está confinado pelo coronavírus.

"Lembra da noite em que Obama obteve a indicação democrata?", lançou essa semana Dan Pfeiffer, ex-assessor do presidente democrata, a outro membro de sua equipe em seu podcast "Pod Save America".

"Fizemos uma grande festa e foi ótimo. Estávamos todos juntos. Obama fez um discurso em Minnesota".

Mas, para Biden, 77 anos, não haverá grande discurso para marcar o momento, nem festa da vitória que fará com que enfrente Donald Trump em novembro.

O momento não permite, apesar de ele ter obtido a indicação como candidato democrata de forma mais contundente e rápida contra o senador Bernie Sanders do que seus antecessores.

Na quarta-feira à noite, olhando para a câmera e com sua biblioteca ao fundo, lançou algumas palavras para seu "amigo" Sanders antes de responder a perguntas dos eleitores sobre a pandemia.

Todos os dias, ele apresenta uma lista de perguntas sobre a pandemia antes da conferência de imprensa do presidente republicano, que busca a reeleição.

Mas é difícil para ele criar um lugar para si na mídia.

"Estamos passando por um momento incomum e que silenciou as campanhas", destaca David Lublin, professor de ciência política da American University.

Não apenas todos os eventos de campanha foram cancelados desde meados de março, mas para se fazer ouvir, Biden deve "competir com o presidente e com a crise internacional" que ocupa as primeiras páginas dos jornais.

Não poderia fazer mais, locomover-se, encontrar-se com o pessoal de saúde?

"Estou certo de que ele e sua equipe continuam pensando no que podem fazer" nesses tempos sem precedentes, comentou à AFP Lublin.

Biden, que venceu no sábado as primárias democratas do Alasca, espera receber apoio oficial de Obama, ainda muito popular entre os democratas e que raramente aparece em público.

Enquanto isso, dá entrevistas do estúdio de televisão instalado em seu porão.

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