Santa Casa de Piracicaba

Parceria viabiliza captação e transplante de órgãos

O trabalho em parceria entre a Santa Casa de Piracicaba, OPO (Organização de Procura de Órgãos), da Unicamp, e o Hospital das Clínicas – Incor, de São Paulo, viabilizou, ontem, a captação para o transplante de múltiplos órgãos, entre eles, coração, fígado e rins. A doadora é uma mulher de 47 anos, cuja identidade permanece em sigilo

Da Redação
26/08/2023 às 06:54.
Atualizado em 26/08/2023 às 06:55
Helicóptero Pelicano pousou no Estádio Barão da Serra Negra para levar coração ao Incor São Paulo (Divulgação)

Helicóptero Pelicano pousou no Estádio Barão da Serra Negra para levar coração ao Incor São Paulo (Divulgação)

Na busca incessante por salvar vidas por intermédio de transplantes de órgãos, a Santa Casa de Piracicaba, em parceria com a OPO (Organização de Procura de Órgãos) da Unicamp e o Hospital das Clínicas – Incor, de São Paulo, realizou na manhã de sexta-feira, 25, a captação para o transplante de múltiplos órgãos que mobilizou vários segmentos da cidade. 

Uma mulher de 47 anos, cuja identidade permanece em sigilo, tornou-se a protagonista de um ato de altruísmo que traz esperança e salva vidas. Com o consentimento da família, ela se tornou doadora de múltiplos órgãos após seu falecimento e, entre eles, o coração que teve seu destino final em São Paulo. A captação e transporte do órgão, que deve ser implantado em outro corpo em até quatro horas, foi possível graças ao esforço conjunto de uma equipe médica especializada, a prefeitura de Piracicaba, que por intermédio da Semuttran (Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes) acompanhou o translado da ambulância do Incor São Paulo até o campo de futebol do estádio Barão da Serra Negra, o qual a diretoria do Clube, prontamente abriu os portões e liberou o gramado para a chegada do helicóptero Pelicano, da Polícia Civil, numa demonstração de cooperação entre instituições distintas para um bem comum.

O processo meticuloso e cronometrado teve início na Santa Casa de Piracicaba, onde mais de sete médicos uniram suas habilidades para realizar a remoção dos órgãos. Cada minuto desempenhou um papel crucial nesse procedimento, pois o objetivo era garantir que esses órgãos cheguem a tempo de salvar.

Entre a saída da equipe, o Centro Cirúrgico da Santa Casa de Piracicaba, até o estádio Barão da Serra Negra, foram quatro minutos. Assim que chegaram, o helicóptero Pelicano pousou e em menos de cinco minutos decolaram com a equipe médica do Incor São Paulo com destino a Capital, pois o paciente já estava preparado e esperando seu novo coração. 

Além do coração, a equipe da OPO da Unicamp realizou a logística de transporte do fígado e das córneas para Sorocaba, e do rim para a Unicamp, em Campinas. Cada um desses órgãos representa uma esperança de vida para o paciente e seus familiares.

Para o médico neurocirurgião e vice coordenador da Cihdott (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) da Santa Casa de Piracicaba, Moises Lara, “a doação de órgãos é um gesto de generosidade em meio à dor, que impacta positivamente milhares de vidas. A agilidade na captação e transplante de órgãos é uma prova tangível de que a colaboração entre diferentes instituições e o comprometimento de profissionais dedicados faz toda diferença para os que estão na fila do transplante”, salientou.

A enfermeira coordenadora da Cihdott da Santa Casa, Milena Pessoa, ressaltou ainda que durante todo o processo a equipe mantém os cuidados ao paciente doador e atua no acolhimento dos familiares. Paralelo a isso, realiza todo o preparo para que as equipes de captação possam fazer a retirada desses órgãos e garantam que os mesmos cheguem em segurança ao receptor.

“O ato é de transpor a dor da perda, entendendo a necessidade de fazer o bem ao outro. Orientamos que a doação de órgãos depende exclusivamente da decisão da família do paciente”, finaliza.

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