POLÊMICA

Parque Erotikaland será construído em outra cidade

O empreendimento terá investimento de até R$ 150 milhões; a previsão é de que a obra seja concluída em 2017

Adriana Ferezim
adriana.ferezin@gazetadepiracicaba.com.br
22/12/2015 às 15:54.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:49

O idealizador do parque Erotikaland, Mauro Morata, confirmou que o empreendimento - que terá investimento de até R$ 150 milhões - não será construído em Piracicaba, mas em algum dos municípios da região. A previsão é concluir a obra no final de 2017. Ele não revela o local para evitar polêmica, mas o tema tem sido discutido pelo vereador Matheus Erler (PSC), presidente da Câmara de Piracicaba, que é contrário à instalação do Erotikaland em qualquer local do país. Erler disse que, a partir de janeiro, irá conversar com todos os prefeitos e presidentes de Câmaras de Vereadores da região para expor o seu descontentamento e os seus argumentos contra o empreendimento. “Como vereador só posso agir dentro do município, mas isso não impede que os prefeitos e vereadores das outras cidades ouçam a minha opinião”, disse. Ele disse que irá marcar reuniões com os representantes das cidades de São Pedro, Águas de São Pedro, Santa Maria da Serra e Saltinho. “Quando me expressei na tribuna da Câmara (no dia 14), recebi apoio da maioria dos vereadores. Vou conversar também com entidades religiosas. Não que o parque vai ferir questões religiosas - embora para mim fira -, mas porque ele desrespeita os bons costumes. Não quero que minha cidade e até mesmo a região ou o país sejam conhecidos por um parque do sexo. Vivemos em uma cidade conhecida pela cana-de-açúcar, polo energético, e não a capital do sexo. No mundo, não temos um parque do sexo, por que temos de ter na região?”, questionou. Segundo ele, nas cidades em que há atrações eróticas não há a prática de sexo, como o museu em Nova York. “Na Coreia do Sul há um parque, mas não se faz sexo e, no Japão, há um monumento à fertilidade. Bem diferente do que se pretende construir na região, com roda gigante, labirinto do sexo”, disse. O empresário e idealizador do projeto, Mauro Morata, disse que o parque não será instalado em Piracicaba, não por causa da posição contrária do vereador, mas porque a ideia é instalá-lo na região. Ele afirmou que no local haverá atrações com a temática da sexualidade humana. “Não haverá sexo, é algo proibido no parque. A proposta é abordar o sexo de maneira clara, limpa, sem preconceito. O vereador deve estar usando o parque como trampolim para se promover. Por que ele não trabalha contra a prostituição na rua Governador Pedro de Toledo, que acontece abertamente na via pública e prejudica muito mais as famílias e os bons costumes, do que um parque que terá regras claras e o sexo será proibido?”, questionou.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por