Os partidos aliados do presidente Jair Bolsonaro e as siglas do bloco informal conhecido como Centrão têm evitado se posicionar a respeito de propostas de combate ao coronavírus em suas redes sociais e priorizam o foco na agenda econômica
Os partidos aliados do presidente Jair Bolsonaro e as siglas do bloco informal conhecido como Centrão têm evitado se posicionar a respeito de propostas de combate ao coronavírus em suas redes sociais e priorizam o foco na agenda econômica. Enquanto isso, legendas de oposição têm usado a pandemia para, de forma coordenada, defender o impeachment de Bolsonaro.
Essas são algumas das conclusões de estudo da Transparência Partidária e da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) sobre como os 33 partidos políticos e o Aliança pelo Brasil, sigla que Bolsonaro pretende criar, estão se posicionando na internet com relação à pandemia de covid-19.
Foram coletadas 3.234 publicações das siglas no Facebook até o dia 17. O estudo leva em conta posicionamentos das legendas, sem considerar postagens como reproduções de notícias, enquetes e divulgação de medidas adotadas por filiados que exercem mandatos.
Entre os partidos do Centrão, o PL deixou o assunto de lado, enquanto Progressistas e Solidariedade priorizaram o impacto da pandemia na economia. O PTB publicou que "precisamos de empregos e do funcionamento de empresas".
"É uma postura de evitar a pauta (coronavírus), evitar entrar nessa disputadas de narrativas", analisa Marcelo Issa, diretor executivo do Transparência Partidária. Os quatro partidos que mais publicaram opiniões e propostas sobre a covid-19, de acordo com o estudo, foram: PSOL (45), PSB (42), PCdoB (36) e PT (28). Eles passaram a articular um movimento pelo impeachment de Bolsonaro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.