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Pequena peregrinação muçulmana a Meca é retomada com medidas de precaução

A pequena peregrinação muçulmana a Meca, conhecida como Umrah e suspensa desde março devido ao coronavírus, será retomada gradualmente a partir de domingo, 4 de outubro, com medidas de precaução para evitar contágios - anunciaram as autoridades sauditas

AFP
02/10/2020 às 09:48.
Atualizado em 24/03/2022 às 11:16

A pequena peregrinação muçulmana a Meca, conhecida como Umrah e suspensa desde março devido ao coronavírus, será retomada gradualmente a partir de domingo, 4 de outubro, com medidas de precaução para evitar contágios - anunciaram as autoridades sauditas.

Em uma primeira etapa, apenas 6.000 cidadãos sauditas e residentes estrangeiros do reino poderão fazer a Umrah todos os dias, a partir de 4 de outubro, informou o Ministério saudita do Interior, em um comunicado.

Em 18 de outubro, o número de fiéis (sauditas e residentes estrangeiros) autorizados aumentará para 15.000 por dia. Outros 40.000 serão admitidos na Grande Mesquita para as orações diárias.

Os fiéis do exterior serão autorizados a partir de 1º de novembro, quando o número de peregrinos admitidos aumentará para 20.000 por dia, e o número de pessoas autorizadas a orar, para 60.000.

Os países de origem dos peregrinos estrangeiros serão selecionados pelo Ministério da Saúde, de acordo com a evolução da pandemia de coronavírus.

A decisão de retomar a Umrah se deu em resposta aos apelos "dos muçulmanos do país e do exterior" para visitar os locais sagrados, explicou o Ministério do Interior.

A medida afeta as cidades de Meca e Medina, os dois lugares mais sagrados do Islã.

No início de março, a Arábia Saudita suspendeu "temporariamente" a Umrah, uma peregrinação que atrai todos os anos milhões de pessoas à Arábia Saudita e pode durar o ano todo. A medida sem precedentes tinha como objetivo prevenir a propagação do coronavírus.

As autoridades também decidiram modificar o Hajj - a grande peregrinação a Meca -, que ocorreu este ano entre o final de julho e início de agosto.

Apenas de 10.000 fiéis, residentes na Arábia Saudita, puderam realizar a grande peregrinação, contra quase 2,5 milhões de participantes de todo mundo em 2019.

O retorno à normalidade será decidido somente quando as autoridades competentes tiverem concluído que "qualquer risco (de contaminação) está definitivamente descartado", frisou o Ministério do Interior.

As disposições relativas ao retorno progressivo dos fiéis aos lugares santos serão revistas periodicamente, "à luz da evolução da situação", acrescentou a mesma fonte.

Os fiéis devem apresentar sua candidatura à pequena peregrinação por meio de dois aplicativos.

O primeiro deles visa a garantir que os peregrinos não têm problemas de saúde que os impeçam de realizar este ritual. O segundo é para a obtenção de autorizações e detalhamento das etapas e procedimentos da Umrah.

Os fiéis não poderão tocar, como faziam, na Kabaa, para a qual os muçulmanos do mundo todo se voltam para orar.

A Grande Mesquita será esterilizada regularmente, todos os dias, antes e depois da passagem de cada grupo.

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