Os anúncios de uma reativação parcial da economia em várias regiões do mundo e a esperança de tratamento para o coronavírus estimularam os mercados nesta sexta-feira (17)
Os anúncios de uma reativação parcial da economia em várias regiões do mundo e a esperança de tratamento para o coronavírus estimularam os mercados nesta sexta-feira (17).
O otimismo era tal, tanto na Ásia quanto na Europa, que os investidores pareciam ignorar o declínio vertiginoso da economia chinesa nesta última sessão da semana.
A Bolsa de Tóquio terminou em alta de 3,15% e as Bolsas chinesas evoluíam em positivo.
Por volta das 10h15 GMT (7h15 de Brasília), as Bolsas europeias avançavam claramente: Paris subia 3,88%, Frankfurt 3,70%, Londres 3,26%, Milão 2,55% e Madri 2,80%.
Em Wall Street, os contratos futuros anunciavam uma alta de mais de 2% nos três principais índices americanos antes da abertura.
Num momento em que vários países apresentam planos para uma reabertura gradual de suas economias para maio, "os mercados querem se apegar a uma esperança de saída da rápida da crise", estima Tangi Le Liboux, estrategista da corretora Aurel BGC.
Além disso, "os mercados europeus estão reagindo à perspectiva promissora de um tratamento contra o coronavírus" desenvolvido pelo laboratório Gilead, que "permitiria que as economias reabrissem mais rapidamente", escreve Jasper Lawler, analista do London Capital Group.
O antiviral Remdesivir do laboratório americano mostrou resultados promissores depois de ter sido administrado em dezenas de pessoas gravemente doentes de COVID-19 no mundo, de acordo com um artigo publicado no New England Journal of Medicine, sem ser um ensaio clínico de larga escala no momento.
"Ainda temos que garantir a eficácia real do antiviral e da capacidade de Gilead de produzir em quantidade rapidamente", alerta Le Liboux, que observa que "é uma vacina e/ou imunidade coletiva que permitirá ao planeta acabar com o coronavírus".
A pandemia de COVID-19 deixou mais de 140.000 mortos em todo o mundo e continua seu avanço, inclusive nos Estados Unidos, onde o número de mortos ultrapassa 33.000.
Apressado para relançar a primeira economia do mundo o mais rápido possível, o presidente dos EUA, Donald Trump, previu a reabertura do país "prudentemente, passo a passo", com base em dados da saúde, mas sem dar uma data precisa.
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