Um primeiro lote de 300 mil doses de vacinas do laboratório chinês Sinopharm chegará ao Peru neste domingo (7) para o início da imunização contra o coronavírus, em meio à segunda onda da pandemia enfrentada pelo país
Um primeiro lote de 300 mil doses de vacinas do laboratório chinês Sinopharm chegará ao Peru neste domingo (7) para o início da imunização contra o coronavírus, em meio à segunda onda da pandemia enfrentada pelo país.
A carga chegará ao aeroporto Jorge Chávez del Callao à noite em um voo de Pequim que fez escala no aeroporto Charles de Gaulle de Paris, na França.
Por via terrestre e aérea, com helicópteros e drones, mais de mil policiais vão transportar o lote de vacinas para os armazéns do Centro Nacional de Abastecimento de Recursos Estratégicos em Saúde (Cenares), em Callao, de onde serão encaminhadas para distribuição.
As 300 mil doses se somarão a mais outras 700 mil da Sinopharm, que devem sair da China em 13 de fevereiro.
Este primeiro lote irá imunizar 150 mil profissionais de saúde "mais expostos" aos altos níveis de contágio da covid-19.
"Hoje as vacinas chegam ao Peru, estamos prontos para iniciar o plano de imunização dando prioridade ao pessoal de saúde nas regiões mais críticas", disse o presidente interino, Francisco Sagasti, que será o primeiro vacinado no país.
O governo peruano, criticado pelo atraso na compra das vacinas enquanto países vizinhos como Chile ou Bolívia já iniciaram a imunização, anunciou esta semana que receberá 20 milhões de doses da vacina do grupo norte-americano Pfizer, cujo primeiro lote de 250 mil unidades chegará em março.
Lima também negocia acordos com os laboratórios Moderna, Johnson & Johnson e Sinovac, conforme adiantou o governo há algumas semanas. Além disso, comprou 14 milhões de vacinas da AstraZeneca, que devem chegar depois de setembro.
O país andino espera obter um total de 52 milhões de doses para vacinar 26 milhões de pessoas, já que cada uma deve receber duas injeções.
Com 33 milhões de habitantes, no sábado, o Peru relatava 1,1 milhão de casos confirmados e 42.121 mortes por covid-19, com 13.086 pessoas hospitalizadas em um sistema de saúde à beira do colapso.
O país está agora em uma quarentena direcionada que inclui Lima e nove outras regiões, devido a um forte aumento nas infecções, mortes e hospitalizações.
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