Índice nacional

Piracicaba aparece em 31º lugar em desenvolvimento

Professores do Observatório da RPM analisam posições dos municípios no IDSC

Romualdo Cruz Filho
20/07/2022 às 06:17.
Atualizado em 20/07/2022 às 06:44
Piracicaba é um dos 5.570 municípios brasileiros que foram avaliados e fazem parte do IDSC-BR (Mateus Medeiros)

Piracicaba é um dos 5.570 municípios brasileiros que foram avaliados e fazem parte do IDSC-BR (Mateus Medeiros)

De acordo com a agenda da Organização das Nações Unidas (ONU) e os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) definidos como critérios para avaliação de avanços econômico, social e de proteção ambiental nas cidades, foi possível avaliar como os 5.570 municípios brasileiros se posicionam no ranking nacional. Piracicaba alcançou a 31ª posição. Estas informações fazem parte do Índice de Desenvolvimento Sustentável dos Municípios Brasileiros (IDSC-BR), publicada no último 8 de julho, por iniciativa do Instituto Cidades Sustentáveis (ICS). 

A avaliação sobre as cidades que compõem a Região Metropolitana de Piracicaba (RMP), tendo por base aos indicadores acima, foi elaborada pelos professores Cristiane Feltre. Carlos Vian e Eliana Tadeu Terci, do Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba (ORMP), e podem ser lidas em sua página do facebook.

A pontuação do indicador para cada município varia entre 0 e 100 considerando a distância que uma localidade está do desempenho ótimo. Para a situação de cada um dos 17 ODSs é atribuída uma cor (verde, amarelo, laranja e vermelho). Quanto mais próximo da cor verde, mais próximo de atingir o objetivo o município está.

Na RMP, de acordo com o observatório, receberam destaque na classificação nacional os municípios de Saltinho (4ª posição) e Limeira (9ª posição). Os municípios com classificação mais baixa são Rio das Pedras (1.056ª posição), Conchal (1.125ª posição) e Rafard (1.483ª posição).

"Como o ranking geral tem 5.570 posições, estas cidades ocupam uma posição mediana na classificação", observam os professores. 

Apesar de mais da metade dos 24 municípios se posicionarem relativamente bem, apenas três dos objetivos estão mais próximos de serem alcançados: ODS 6 - Água potável e saneamento; ODS 7 - Energias renováveis e acessíveis; e o ODS 9 - Indústria, inovação e infraestruturas.

"Ainda que a RMP possua indicadores econômicos mais sólidos do que outras unidades regionais, a maior parte dos 17 ODSs, que também refletem a qualidade de vida da população local, está ainda muito distante de ser alcançada. No quadro 'Situação dos ODSs na RMP' é possível verificar quais desses objetivos carecem de políticas públicas. É visível a distância que a região se encontra para erradicar a pobreza e fome (ODS 1 e 2), saúde e educação de qualidade (ODS 3 e 4), desigualdade de gênero (ODS 5), desigualdades sociais (ODS 10), produção e consumo sustentáveis (ODS 12); ação climática (ODS 13); proteger a vida terrestre (ODS 15); e paz, justiça e instituições eficazes (ODS 16)", analisa o observatório.

De acordo com a análise do Observatório, esse indicador pode orientar a ação das prefeituras brasileiras, “pois é possível identificar quais áreas progrediram e quais merecem mais atenção dos municípios e, assim, direcionar a elaboração de políticas públicas mais focadas”.

"Para regiões metropolitanas, o indicador pode ser usado, no âmbito de cada ODS, para mapear problemas comuns e se propor medidas mais objetivas e assertivas para o enfrentamento dos desafios regionais e a redução das desigualdades territoriais. Em suma, pode-se sugerir que políticas e ações de combate à pobreza e à fome, incentivo à produção local de alimentos, como compras do governo, e iniciativas de promoção e melhora da educação e questões sociais, podem melhorar os indicadores da RMC no futuro.", concluem os professores do observatório.

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