RANKING BRASILEIRO

Piracicaba é a 26ª cidade mais inteligente do País

Município está à frente de diversas localidades importantes

Juliana Franco
juliana.franco@gazetadepiracicaba.com.br
13/06/2016 às 12:31.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:16

Piracicaba está entre as 100 cidades com maior potencial de desenvolvimentoPiracicaba está entre as 100 cidades com maior potencial de desenvolvimento (Christiano Diehl Neto)

Piracicaba é a 26ª cidade mais inteligente do Brasil, com pontuação de 28,838, segundo o ranking Connected Smart Cities, da consultoria Urban Systems. Em um ano, o município subiu duas posições – em 2015, ocupava a 28ª colocação no mesmo levantamento com índice de 23,680. Divulgada na semana passada, pela revista Exame, a pesquisa aponta que a cidade está entre as 100 que possuem maior potencial de desenvolvimento no País. O levantamento leva em consideração indicativos que retratam inteligência, conexão e sustentabilidade. Piracicaba está à frente de cidades como São José do Rio Preto (28,378), Amparo (27,616), Osasco (27,4356), Araraquara (27,356) e São Carlos (27,236). No Estado, ocupa a 10ª posição. A pesquisa levou em consideração dezenas de indicadores sociais e econômicos. Neste ano, São Paulo tomou a dianteira com pontuação de 35,714. De acordo com o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB), o estudo revela a melhoria da cidade em todas as áreas. “Além da tecnologia e sustentabilidade, há análise de saúde, educação, segurança e, com os investimentos que estamos fazendo, a perspectiva é continuar avançando para melhorar a qualidade de vida dos piracicabanos”, disse. Para ele, a 26ª colocação seria, na verdade, a 12ª. “Nas primeiras colocações estão 13 capitais, então estamos entre as 12 melhores do Interior do Brasil, porque é difícil competir com as capitais, que são polos, têm mais conectividade, inovação, empreendedorismo e universidades. São mais dinâmicas”, afirmou. Ferrato destacou que a implantação de projetos de mobilidade na cidade de São Paulo, como a ciclovia, redução da velocidade nas avenidas, além de ser o maior polo tecnológico do País, contribuíram para a capital estar na primeira colocação. “Nós estamos trabalhando também com a mobilidade, com a implantação dos corredores de ônibus, reformas dos terminais. Também teremos a usina de lixo, que usa tecnologia para a destinação dos resíduos e o Vale do Piracicaba, o AgTech Valley, que ressalta a vocação da cidade para a inovação tecnológica para a agricultura”, afirmou. O conceito de cidades inteligentes tem como base o aproveitamento das tecnologias para ajudar a solucionar os problemas urbanos e levou em consideração diversos fatores, como PIB (Produto Interno Bruto) per capita, mobilidade urbana, saúde, inovação, educação e qualidade de vida. O desempenho em cada tópico recebeu uma pontuação proporcional. (Com colaboração de Adriana Ferezim) Metade do potencial O presidente da Urban Systems, Thomaz Assumpção, explicou em entrevista concedida à revista Exame, que as cidades brasileiras alcançaram, em média, apenas a metade dos pontos possíveis. "A distância entre as nossas cidades, quando comparadas com outras do exterior, é muito alta", destacou o especialista. Foram analisados 73 indicativos divididos em 11 eixos. Assumpção diz que a crise econômica tem contribuído para agravar a situação das cidades brasileiras. Isto porque, com as contas no vermelho, a estratégia de muitos municípios foi cortar investimentos. “Decisão que reflete na saúde, na inovação, no urbanismo e na qualidade de vida, que é um tema transversal”, diz o especialista.

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