HIV/AIDS

Piracicaba registrou 65 novos casos em 2015

Segundo o Caphiv, 1.250 pessoas vivem com o vírus, na cidade

Juliana Franco
juliana.franco@gazetadepiracicaba.com.br
22/03/2016 às 11:38.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:36
Enfermeira Juliana Baldan de Barros realiza um teste rápido: bastante eficaz (Christiano Diehl Neto)

Enfermeira Juliana Baldan de Barros realiza um teste rápido: bastante eficaz (Christiano Diehl Neto)

Falta conscientização e não informação quando o assunto é HIV/Aids. A conclusão é da enfermeira responsável do Posto de Saúde da Família do bairro Monte Líbano, Juliana Baldan de Barros. Na manhã desta segunda-feira (21), profissionais do Centro de Apoio aos Portadores do Vírus HIV/Aids e Hepatites Virais (Caphiv) realizaram ação no local em parceria com o Centro de Doenças Infecto Contagiosas (Cedic), com o objetivo de informar. Além disso, 20 exames gratuitos foram disponibilizados. O local foi escolhido porque o bairro possui um dos maiores índices de casos em Piracicaba. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, atualmente, 1.117 pessoas fazem uso de medicamentos antirretrovirais, em Piracicaba, entre 1.250 que vivem com HIV/Aids. “Apenas em 2015, 65 novos casos foram registrados na cidade. Temos notado um avanço do HIV/Aids entre jovens e prevenir é fundamental”, diz o presidente da Caphiv e coordenador do projeto Prevenir Faz Bem, Paulo Soares. Ainda segundo Soares, a luta foi grande para conseguir o atendimento para perto das comunidades. “Nossa ideia é expandir. Temos disponíveis mais 40 testes de HIV/Aids para serem realizados no Jardim Oriente e Bosques do Lenheiro, outros locais com alto índice de casos”, revela. Durante toda a manhã, os moradores da região foram abordados e convidados para realizarem o teste rápido – feito pela saliva –, que apresenta resultado em 20 minutos. “Ainda há medo e vergonha. Isto faz com que as pessoas não busquem o exame e não falem sobre o assunto. É grande o receio da população de receber um diagnóstico positivo. Mas é fundamental informar que a pessoa com HIV/Aids consegue ter uma vida normal, desde que faça o tratamento”, revela Juliana Baldan de Barros. Brasil Balanço do Ministério da Saúde aponta que o Brasil registrou, em 2015, recorde no número de pessoas em tratamento: 81 mil brasileiros começaram a se tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou 97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso significa que, em seis anos, o País praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais.

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