RENATO WAGNER

Plano retira as árvores invasoras de avenida

Sem as invasoras leucenas, segundo a Prefeitura, haverá maior visibilidade

Da Redação
correiopontocom@rac.com.br
13/07/2016 às 10:48.
Atualizado em 28/04/2022 às 05:04
Espécies nativas começam a se destacar com a retirada das leucenas  (Adilson Franco Cardoso/Divulgação)

Espécies nativas começam a se destacar com a retirada das leucenas (Adilson Franco Cardoso/Divulgação)

O projeto de revitalização da avenida Renato Wagner contou com um plano de manejo que valorizou as espécies de árvores nativas da mata existente às margens do rio Piracicaba, como o jatobá, o guapuruvu, o pau-jacaré, pitanga e a córdia, também conhecida como babosa branca. Elas começam a ganhar espaço com a retirada das árvores da espécie leucena, que é exótica e invasora pela Secretaria Municipal de Defesa do meio Ambiente (Sedema). O plano ainda está em andamento, mas as primeiras fases já concluídas proporcionaram um novo paisagismo no local, dando mais visibilidade às árvores nativas. Além das que já estão plantadas no local, serão introduzidas, ainda, outras 400 novas mudas. A intervenção faz parte do projeto Urbanístico de Mobilidade do Complexo da Rua do Porto, na etapa que contempla a avenida. De acordo com Carlos Ambrosano, diretor do Departamento de Controle Ambiental da Sedema, essa área foi a primeira a passar por recomposição florestal com espécies nativas no município. O trabalho, feito em 1991, teve a participação de Ambrosano, que é engenheiro agrônomo. Ele lembra que o local era utilizado para o descarte de areia de fundição, então, cada árvore plantada exigia a troca do solo. “Nós retirávamos os resíduos e colocávamos no lugar um caminhão de terra”, conta. “Naquela época sobraram alguns exemplares de leucena que contaminaram a área e comprometeram a recomposição dela”, explica. A leucena (leucaena leucocephala) é originária da América Central. Extremamente agressiva, forma maciços que impedem o desenvolvimento da vegetação nativa. Além disso, tem grande facilidade de dispersão, já que suas sementes são abundantes, resistentes e duráveis. Dessa forma, o seu combate tem de ser intenso e constante, de acordo com Ambrosano. “O banco de sementes de leucena é grande e vamos continuar fazendo a roçada onde houver a brotação dessas sementes”, conta. Além da questão paisagística, a introdução de novas espécies também levará em conta a produção de flores e frutos, para estimular a polinização e a presença de aves e animais na floresta. Contemplação O projeto de requalificação da avenida Renato Wagner envolve as secretarias de Turismo (Setur), Meio Ambiente (Sedema), Trânsito e Transportes (Semuttran) e Obras (Semob). O investimento é de R$ 3,3 milhões. A primeira etapa, em andamento, consiste na supressão de uma das vias de circulação, que parte será transformada em calçadão e parte em ciclovia. A outra via, que será totalmente recapeada, terá trânsito em dois sentidos, com pista simples. Haverá uma nova iluminação pública, além de paisagismo e implantação de mobiliário urbano, como bancos, bicicletário, entre outros equipamentos. Em etapas futuras, contempla a construção de um parque na área arborizada da margem do rio, que deve receber mais uma pista de caminhada e mais uma ciclovia, além de playground, paisagismo e iluminação. Está prevista, ainda, a construção de três decks com avanço sobre o rio Piracicaba, como um espaço de contemplação e valorização do rio. O projeto conta com novo sistema de iluminação pública, com lâmpadas LED. Conforme a Prefeitura, que substitui 638 pontos de luz com as novas luminárias, sendo 612 em vias públicas e 26 em jardins, com função decorativa. Por estar em obras, na avenida Renato Wagner contará com a instalação de postes metálicos ornamentais de nove metros de altura, com braços para duas luminárias a LED de linha pública, dispostas a 180°. Sendo uma luminária voltada para iluminar a via e uma luminária voltada para iluminar o calçadão e ciclovia, perfazendo-se um total de 38 postes e 76 luminárias. Neste trecho a iluminação pública será ornamental e não serão utilizados os postes da CPFL. A revitalização teve início em novembro do ano passado. O prazo inicial de conclusão era de 240 dias.

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