ECONOMIA

PMI Industrial avança para 52,3 em fevereiro, diz IHS Markit

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do Brasil subiu para 52,3 pontos em fevereiro, de 51,0 em janeiro, na série com ajuste sazonal

Estadão Conteúdo
02/03/2020 às 12:52.
Atualizado em 07/04/2022 às 09:06

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria do Brasil subiu para 52,3 pontos em fevereiro, de 51,0 em janeiro, na série com ajuste sazonal. A informação foi divulgada nesta segunda-feira, 2, pela IHS Markit.

O desempenho positivo foi puxado pelo crescimento dos volumes de produção e de vendas, que aumentaram com as taxas mais rápidas em três meses, e pela criação de empregos, que atingiu recorde de alta de cinco meses, de acordo com a empresa. Quando acima da marca dos 50 pontos, o indicador representa melhora na comparação com o mês anterior.

"Após registrar um crescimento apenas marginal em dezembro e janeiro, o setor industrial brasileiro disparou em fevereiro. Impulsionadas por uma expansão sólida e mais forte na demanda, as empresas intensificaram a produção e a atividade de contratação", disse a economista Pollyanna de Lima, da IHS Markit, em nota.

De acordo com a empresa, o mercado interno parece ter sustentado o ritmo de novas contratações, uma vez que os fabricantes continuaram a contabilizar queda nos pedidos para exportação. As empresas que contrataram novos funcionários citaram como causas o aumento da demanda e planos de expansão de negócios.

O levantamento da empresa captou aumento nos pedidos de fábricas no maior ritmo desde novembro de 2019, puxado pelo lançamento de novos produtos e por novas parceiras. O grau de otimismo do setor permaneceu elevado em fevereiro, porque as empresas anteciparam que investimentos, maior número de clientes e diversificação de produtos devem impulsionar o crescimento da produção.

Coronavírus

No entanto, as empresas já reportaram atraso na entrega de materiais devido ao surto do coronavírus, o que contribuiu para níveis mais baixos de estoques. "As empresas brasileiras observaram um dos aumentos mais fortes nos prazos de entrega de insumos na história da pesquisa e espera-se que surjam novas interrupções econômicas globais", afirmou Pollyanna.

O levantamento também captou percepções de risco para as perspectivas de negócios, com destaque para o enfraquecimento do real, que elevou os custos das indústrias brasileiras. "Os preços de fábrica foram aumentados da maneira mais significativa em quase um ano e meio, o que poderia restringir a demanda no curto prazo. Paralelamente, as exportações caíram pelo sexto mês consecutivo", completou a economista.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Gazeta de Piracicaba© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por