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Pnad Contínua pesquisará percepção do brasileiro sobre segurança

15/10/2021 às 16:50.
Atualizado em 23/03/2022 às 08:30
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) faz primeiro teste preparatório do Censo Demográfico 2022, na Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro. (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

A nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) vai ouvir os brasileiros sobre dados de furtos e roubos que não foram comunicados aos órgãos oficiais de polícia. O objetivo da pesquisa é medir a sensação da população que vive no país. As respostas coletadas vão auxiliar na elaboração de políticas públicas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

A inserção dessa categoria na Pnad Contínua foi possível após parceria do ministério e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que realiza a pesquisa. A Pnad Contínua acompanha as flutuações trimestrais e a evolução da força de trabalho no curto, médio e longo prazos, e traz outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento socioeconômico do país. A coleta dos dados começou no dia 10 deste mês, e os resultados devem ser publicados em setembro de 2022.

Ao final da pesquisa, será produzido um relatório que subsidiará o MJSP na promoção de políticas públicas de prevenção e repressão aos temas abordados durante o levantamento. Para tanto, foi inserido um novo caderno no rol de perguntas da Pnad Contínua, a Pesquisa Nacional de Vitimização, com módulos sobre Furtos e Roubos e Sensação de Segurança.

“A inclusão dos módulos Furtos e Roubos e Sensação de Segurança têm como principais objetivos captar diretamente com o cidadão os dados desses tipos de crimes que não foram comunicados aos órgãos oficiais de polícia e a produção de informações quanto à percepção sobre a sensação de segurança, exposição ao risco e interação da população com as forças de segurança pública”, informou hoje (15) à Agência Brasil a assessoria do Ministério da Justiça.

A expectativa é que os dados coletados sobre furtos e roubos mostrem uma “taxa obscura”, com a diferença entre o número de crimes relatados e os não relatados à polícia. Também será possível traçar um perfil socioeconômico das vítimas de crimes como furtos e roubos nos últimos 12 meses no Brasil, e identificar o que os moradores têm feito em suas casas para se proteger da violência e da criminalidade.

Segundo o ministério, com o módulo Sensação de Segurança, será possível medir o grau de confiança da população em relação às instituições encarregadas, direta ou indiretamente, da segurança pública.

Além disso, as informações coletadas permitirão a criação de indicadores abrangentes, que possam identificar serviços existentes, tais como iluminação pública, parques ou quadras de esportes, transporte público, policiamento, grau de segurança em lugares e horários diversos e as mudanças de rotina por conta da insegurança.

Devem participar do levantamento de informações cerca de 2 mil agentes de coleta do IBGE, que realizarão entrevistas em 210 mil lares em todo o país.

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