A polícia canadense anunciou segunda-feira (11) que iniciou uma investigação sobre uma morte ligada à pandemia do coronavírus, depois que a família do trabalhador falecido acusou a empresa empregadora de negligência criminosa
A polícia canadense anunciou segunda-feira (11) que iniciou uma investigação sobre uma morte ligada à pandemia do coronavírus, depois que a família do trabalhador falecido acusou a empresa empregadora de negligência criminosa.
Benito Quesada, um imigrante mexicano de 51 anos, morreu no hospital em maio do ano passado, semanas depois que ele e centenas de colegas de trabalho em um frigorífico da multinacional americana Cargill em High River, na província de Alberta, foram infectados com o novo coronavírus.
"A RCMP está investigando as alegações de que a Cargill estava criminalmente envolvida na morte de um funcionário que posteriormente morreu de COVID-19", disse à AFP o cabo Tammy Keibel, da Real Polícia Montada canadense.
"Ainda é cedo. Neste momento estamos analisando um conjunto de informações (fornecidas pela família) para ver se a Cargill tem algum elemento de responsabilidade", afirmou.
Quase metade dos 2.000 trabalhadores da fábrica testou positivo para COVID-19 no início de maio no que continua sendo o maior surto em um ambiente de trabalho do país.
No início da pandemia, a maioria das empresas foi obrigada a fechar, mas os matadouros e as fábricas de processamento de carne foram considerados essenciais pelas autoridades e foram autorizados a continuar operando.
A família de Quesada entrou com uma queixa policial na sexta-feira alegando que a Cargill, com sede em Minnesota, não protegeu adequadamente os trabalhadores contra o vírus.
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