INTERNACIONAL

Polícia dispersa milhares de manifestantes pró-democracia em Bangcoc

A polícia tailandesa dispersou, nesta sexta-feira (16), em Bangcoc, milhares de manifestantes que voltaram a desafiar a proibição a protestos e foram mais uma vez às ruas pedir reformas democráticas no país

AFP
16/10/2020 às 18:38.
Atualizado em 24/03/2022 às 10:39

A polícia tailandesa dispersou, nesta sexta-feira (16), em Bangcoc, milhares de manifestantes que voltaram a desafiar a proibição a protestos e foram mais uma vez às ruas pedir reformas democráticas no país.

O Batalhão de Choque fez uso de jatos d"água contra os cerca de 3.000 ativistas reunidos no centro da capital, observaram jornalistas da AFP.

Os manifestantes responderam erguendo barricadas para tentar retardar a dispersão da concentração.

"Ordenamos a nossos irmãos e irmãs que retornem às suas casas", alertou a polícia antes de avançar contra os manifestantes.

"Fora Prayaut!", "Abaixo a ditadura!", gritavam os ativistas, muitos deles estudantes.

Onze manifestantes e quatro policiais ficaram feridos, informou a Police TV.

O movimento pró-democracia havia planejado se reunir em Ratchaprasong, um grande cruzamento no centro da capital.

Mas os principais acessos estavam fechados desde o início da tarde e a polícia foi enviada ao local, o que fez com que os manifestantes ficassem a centenas de metros da área.

"Pouco a pouco, temos cada vez mais valor", declarou à AFP Nine, um estudante de 21 anos. "Se não corrermos riscos, não haverá mudança alguma", acrescentou.

"Os pobres ficam cada vez mais pobres, os ricos cada vez mais ricos" neste país, um dos mais desiguais do mundo, disse Pim, de 20 anos.

Na quinta-feira, cerca de 10.000 pessoas desafiaram a proibição de aglomeração, manifestando-se no centro de Bangcoc.

Segundo o decreto de emergência promulgado para tentar impedir o movimento que sai às ruas há vários meses, as concentrações políticas de mais de quatro pessoas e as mensagens na Internet consideradas "contra a segurança nacional" estão proibidas.

Dois ativistas, Ekachai Hongkangwan e Bunkueanun Paothong, foram presos nesta sexta-feira.

Até o momento, não se sabe exatamente quais são as acusações contra os dois jovens, mas foram detidos com base no artigo 110 do Código Penal tailandês, segundo o qual qualquer "ato de violência contra a rainha, ou sua liberdade", pode ser condenado com até 16 anos de prisão ou prisão perpétua.

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