A polícia de choque de Bishkek, capital do Quirguistão, usou na noite desta segunda-feira (5) bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes em um protesto contra os resultados das eleições parlamentares do dia anterior, observou um repórter da AFP
A polícia de choque de Bishkek, capital do Quirguistão, usou na noite desta segunda-feira (5) bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes em um protesto contra os resultados das eleições parlamentares do dia anterior, observou um repórter da AFP.
Dezenas de manifestantes escalaram as grades que protegem a sede do governo, enquanto outros milhares se reuniram para protestar os resultados que favorecem dois partidos próximos ao presidente, Sooronbai Jeenbekov.
Essas eleições foram marcadas por possíveis compras de votos, de acordo com observadores internacionais.
Cinco partidos que não conseguiram alcançar nenhuma cadeira organizaram esses atos de protesto em diferentes locais da cidade. Alguns pediam a organização de novas eleições.
Os partidos próximos ao presidente pró-Rússia Jeenbekov, dominaram as eleições neta ex-república Soviética da Ásia central, conhecida por praticar certo pluralismo, mas frequentemente afetada por crises políticas.
Os partidos Birimdik e Mekenim Kirghizstan, favoráveis a uma maior integração de Biskek na União econômica euroasiática patrocinada por Moscou, obtiveram cada um 25% dos votos, com 98% dos votos contados.
O partido pró-presidencial, Kirghizstan, se manteria no parlamento com mais de 8% de votos. Outros dois partidos, um nacionalista e outro fundado por um ex-primeiro-ministro, esperam para saber se superaram o limite de 7% para ter representação.
Por outro lado, três partidos que não conseguiram alcançar este limite organizaram duas manifestações nesta segunda-feira, uma reuniu algumas centenas de pessoas e a outra vários milhares.
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