O policial israelense que matou a tiros um palestino autista em maio, em Jerusalém Oriental, acreditando equivocadamente que ele estava armado, pode ser acusado por homicídio culposo - anunciou o Ministério israelense da Justiça nesta quarta-feira (21)
O policial israelense que matou a tiros um palestino autista em maio, em Jerusalém Oriental, acreditando equivocadamente que ele estava armado, pode ser acusado por homicídio culposo - anunciou o Ministério israelense da Justiça nesta quarta-feira (21).
Após "uma investigação ampla", o policial que matou Iyad Hallak pode ser processado por homicídio culposo "por negligência", indica o ministério em um comunicado.
Em 30 de maio, Iyad Hallak, um palestino autista de 32 anos, foi morto por um guarda fronteiriço israelense na Cidade Velha de Jerusalém, durante uma perseguição. O policial diz ter acreditado que o palestino iria sacar sua arma quando, na verdade, ele procurava por seu telefone no bolso.
O palestino "não apresentava nenhum risco para a polícia, nem para os civis presentes (...), o policial disparou sem respeitar a regras para abrir fogo da polícia (...) e não recorreu às opções mais plausíveis", diz o Ministério em seu comunicado.
Milhares de pessoas compareceram ao funeral de Hallak, enquanto a hashtag #PalestinianLivesMatter (Vidas Palestinas Importam, em tradução livre) ecoou nas redes sociais das manifestações contra a violência policial e o racismo nos Estados Unidos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu essa morte como "tragédia", ao apresentar suas condolências à família da vítima.
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