A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, enfatizou a importância de que os governos tracem uma política para a vacinação contra a covid-19, considerando-a "a política econômica mais importante" para os países no quadro atual
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, enfatizou a importância de que os governos tracem uma política para a vacinação contra a covid-19, considerando-a "a política econômica mais importante" para os países no quadro atual. Durante evento virtual sobre a recuperação econômica na África Subsaariana, ela alertou para o surgimento das novas cepas do vírus. "As mutações da covid-19 estarão por aí enquanto não vacinarmos todos em toda parte", advertiu.
Georgieva revelou que já tomou a segunda dose da vacina, o que segundo ela lhe permitiu viajar até seu país natal, a Bulgária, e se encontrar com sua neta. E ressaltou que pôde tomar a vacina apenas por sua idade, já que tem mais de 65 anos.
Além disso, a diretora-gerente do FMI disse lamentar o fato de que, nas projeções do Fundo, a África deve crescer neste ano menos da metade do esperado para a economia global.
Ela enfatizou também a importância de se apoiar um retorno seguro às aulas, citando estudo segundo o qual a perda de aulas apenas no primeiro ano da pandemia custará aos países da África US$ 500 bilhões.
Georgieva ainda fez uma recomendação aos ministros de Finanças. "Aumentem suas receitas, especialmente coletando tributos da parte mais rica da economia", disse ela, argumentando que esse dinheiro, ao ser bem aplicado, poderá tornar as economias mais fortes e resistentes a choques futuros, como uma eventual crise climática à frente.
Países exportadores
A diretora-gerente do FMI destacou ainda que países exportadores de commodities estão entre aqueles que "sofrem mais" com a crise econômica resultante da pandemia da covid-19. No evento virtual sobre a recuperação na África Subsaariana, ela notou que o quadro atuou mostra "diferentes tipos de vulnerabilidades".
Os países com apenas um setor forte em suas economias foram mais atingidos, como por exemplo aqueles muito dependentes do turismo. "Países que são mais diversificados foram atingidos, mas tiveram mais capacidade para sustentar um melhor quadro na crise", comparou.
Georgieva ainda destacou as nações que "durante as boas épocas construíram bons fundamentos em termos de políticas fiscais", que agora "colhem os benefícios desse trabalho duro".