Candidata diz estar preocupada com a educação dos jovens (Mateus Medeiros/Gazeta de Piracicaba)
A pré-candidata a deputada federal pelo Patriota, Érica Gorga, se apresenta ao eleitorado como uma voz em defesa dos valores e virtudes. “A família está perdendo sua força de participação no processo de educação dos seus próprios filhos. Até mesmo nas escolas, os valores e virtudes estão sendo deturpados”, observa com ar de indignação. Por exemplo, crianças foram expostas a músicas com nítida conotação sexual.
Em suas palavras, a sociedade vive um momento de conflitos evidentes, alimentados pela radicalização da política, fundamentada em sentimentos que precisam ser superados. “Neste cenário, até mesmo o STF está provocando desequilíbrio das forças, tomando decisões que deveriam ser do parlamento”.
Segundo ela, “a teoria dos pesos e contrapesos, de Montesquieu, está desvirtuada em nosso país e os poderes extrapolam seus limites de atuação, o que prejudica a todos. Há inclusive demonstrações de interferências que superam o entendimento comum, por ativismos políticos de magistrados da corte suprema”.
Educação
No plano educacional, Érica Gorga é crítica severa da aprovação automática. “Os alunos, ao saberem que vão passar, independentemente do nível de aprendizado, deixam de estudar, e perdem o interesse pelo conteúdo. Isso desorganiza os professores, que também se veem em uma situação delicada, de desestímulo total, e tudo se nivela por baixo”.
Sem aprender o mínimo necessário para o nível escolar em que se encontra, o aluno passa a fazer de conta que aprende e o professor faz de conta que ensina, sem que ninguém avalie ninguém. “Por isso estou muito preocupada com a educação dos nossos jovens”, disse. “Porque a escola perde, o aluno perde, os pais perdem e toda a sociedade perde”.
Politicamente correto
A postura politicamente correta, que tenta fazer um revisionismo histórico e impor condutas com parâmetros de nichos comportamentais e de interesses segmentados, provoca a reação da pré-candidata. “Precisamos reagir, senão, logo, todo mundo vai ter que viver encabrestado, se é que já não vive, sem poder manifestar qualquer opinião que não esteja dentro dos parâmetros dessas patrulhas do politicamente correto”.
Ela destaca também o caso das mulheres. “Veja o caso das mulheres na política. A cota existe, sem que esteja relacionada ao mérito. Não quero ser candidata só porque sou mulher, mas sim, porque me preparei para alcançar o objetivo. Não é o sexo que me levou a estudar e trabalhar, mas sim a minha determinação em me preparar para a vida e alcançar a minha independência para poder escolher o meu caminho”.
A campanha
Érica Gorga considera que nestas eleições ela terá grandes chances de conquistar uma cadeira no Congresso Nacional. Em 2018 conseguiu a suplência, com 33.425 votos de Piracicaba e da região. Como candidata a prefeita em 2020, ficou em quarto lugar na disputa dentre 11 candidatos. “Para ser eleita este ano, precisaríamos de 45 mil votos, o que é possível pelo Patriota, partido com o qual encontrei sintonia e pretendo trabalhar”.
Em síntese, ela acredita ser um nome competitivo. “Temos uma trajetória e muita disposição, além da boa expectativa de que desta vez chegaremos lá, com o apoio de todos aqueles que já demonstraram ter apreço pelos valores que defendemos e de nossa visão para que possamos ser uma sociedade dinâmica, desenvolvida e preocupada com o bem comum”.