O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, expressou neste domingo "uma séria preocupação" com o aumento de uma síndrome que afeta crianças que os cientistas acreditam estar ligada ao novo coronavírus
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, expressou neste domingo "uma séria preocupação" com o aumento de uma síndrome que afeta crianças que os cientistas acreditam estar ligada ao novo coronavírus.
Segundo De Blasio, 38 casos de inflamação pediátrica foram detectados em Nova York, a cidade dos EUA mais afetada pela COVID-19, e nove outros casos ainda estão sendo estudados.
Três mortes relacionadas a essa síndrome foram registradas no estado de Nova York, incluindo uma na capital financeira dos EUA, explicou o governador Andrew Cuomo no fim de semana. Uma das vítimas tinha 5 anos.
Os sintomas são febre, erupção cutânea, dor abdominal e vômitos.
"O que faz, basicamente, é desencadear uma resposta intensa do sistema imunológico da criança. E isso machuca o corpo", disse De Blasio.
Ele também afirmou que todas as crianças com esses sintomas serão testadas para COVID-19 e anticorpos.
Até o momento, 47% dos casos confirmados testaram positivo para o novo coronavírus e 81% para seus anticorpos, o que significa que eles foram infectados em algum momento desde o início da epidemia.
O governador Cuomo disse que pelo menos 73 crianças no estado de Nova York desenvolveram essa doença, semelhante à doença de Kawasaki.
Descrita pela primeira vez em 1967 no Japão, a doença de Kawasaki afeta principalmente crianças pequenas. Sua origem não é conhecida com precisão e pode combinar fatores infecciosos, genéticos e imunológicos.
Antes do aparecimento desses casos, pensava-se que, apenas excepcionalmente, a COVID-19 atingia as crianças de forma grave.
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