A prefeitura de Osaka, sul do Japão, pedirá nesta terça-feira ao governo central a adoção de um novo estado de emergência devido ao aumento de contágios de covid-19, informaram as autoridades locais
A prefeitura de Osaka, sul do Japão, pedirá nesta terça-feira ao governo central a adoção de um novo estado de emergência devido ao aumento de contágios de covid-19, informaram as autoridades locais.
"Acredito que é o momento de tomar medidas enérgicas durante um curto período de tempo", afirmou o governador de Osaka, Hirofumi Yoshimura, à imprensa.
"O fluxo de pessoas e o ritmo acelerado das variantes estão provocando ondas de contágios", advertiu Yoshimura, que pediu o fechamento de centros comerciais, parques de diversões e grandes lojas.
Yoshimura também pediu à população que recorra ao teletrabalho ao afirmar que, em caso contrário, "não poderemos frear o fluxo de pessoas" infectadas.
Atualmente, Osaka impõe o fechamento de restaurantes e bares às 20H00.
Yoshimura anunciou que pediu ao ministro que supervisiona a resposta ao coronavírus, Yasutoshi Nishimura, que aplique um novo estado de emergência, pois as medidas adotadas até agora "não são suficientes".
O pedido formal de Osaka passará pelos trâmites formais durante a tarde e provavelmente será aprovado à noite.
Osaka é o segundo município mais populoso do Japão, com mais de oito milhões de habitantes.
Tóquio e outras áreas também devem adotar medidas com a esperança de evitar a crise que afeta o sistema de saúde de Osaka, onde não há mais leitos para pacientes com covid-19 em estado grave.
No início do mês, Osaka proibiu o revezamento da tocha olímpica nas ruas da cidade e organizou uma cerimônia em um parque sem espectadores.
O aumento dos contágios acontece a pouco mais de três meses do início dos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados no ano passado devido à pandemia.
O Japão decretou estado de emergência sanitário pelo coronavírus no início de janeiro e suspendeu a medida no dia 1º de março em Osaka, e três semanas depois em Tóquio.
As novas variantes do vírus, no entanto, provocaram uma disparada das infecções e a campanha de vacinação acontece em um ritmo lento.
Até o momento, o Japão aprovou apenas a vacina da Pfizer, destinada por enquanto a profissionais da saúde e iodos.
Apenas 25% dos 4,8 milhões de profissionais da saúde e pouco mais de 13.000 idosos receberam a primeira dose da vacina.
O governo do Japão afirma que terá doses suficientes de vacinas em setembro para imunizar todas as pessoas com mais de 16 anos no país, que tem 125 milhões de habitantes.