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Premier canadense reorganiza gabinete após escândalo ético

O premier do Canadá, Justin Trudeau, reorganizou nesta terça-feira seu gabinete, ao designar para a pasta das Finanças sua escudeira Chrystia Freeland, após um escândalo ético que o afetou pessoalmente

AFP
18/08/2020 às 20:03.
Atualizado em 25/03/2022 às 16:24

O premier do Canadá, Justin Trudeau, reorganizou nesta terça-feira seu gabinete, ao designar para a pasta das Finanças sua escudeira Chrystia Freeland, após um escândalo ético que o afetou pessoalmente.

Chrystia, braço direito de Trudeau, será a primeira mulher a exercer o cargo, no momento em que pandemia de Covid-19 provoca no Canadá a pior crise econômica desde a Segunda Guerra.

Ex-chanceler que negociou o novo acordo de livre-comércio com México e Estados Unidos, Chrystia havia sido promovida a vice-premier após a reeleição dos liberais de Trudeau em outubro, e irá manter este cargo. Aos 52 anos, é considerada uma potencial candidata à sucessao de Trudeau.

O ministro canadense das Finanças, Bill Morneau, anunciou nesta segunda-feira sua demissão, em um contesto de divergências crescentes com o premier sobre os gastos no combate à pandemia de coronavírus.

Morneau, que era ministro desde 2015, anunciou a intenção de se candidatar ao cargo de secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A imprensa canadense deu conta, na última semana, de divergências profundas entre Morneau e Trudeau em relação à forma de reativar a economia canadense, enfraquecida pela pandemia, sem colocar em risco as finanças públicas, que sofrerão um déficit de mais de 343 bilhões de dólares este ano, segundo previsões do governo.

O comissário federal de ética analisa os laços de Morneau com a associação de caridade We Charity, que empregava sua filha e à qual o governo concedeu um contrato diretamente. A investigação também envolve Trudeau, cuja mulher, mãe e irmão receberam cerca de 300 mil dólares por terem participado de eventos da associação.

Tanto Trudeau quanto Morneau pediram desculpas por terem participado de conversas sobre a concessão do contrato à We Charity. O documento ficou sem efeito, mas o governo canadense perdeu popularidade.

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