O presidente do Peru, Martín Vizcarra, nomeou nesta quinta-feira (6) o general aposentado Walter Martos - antes titular da Defesa - como chefe de gabinete, como forma de evitar um embate inesperado com o Congresso em meio à pandemia
O presidente do Peru, Martín Vizcarra, nomeou nesta quinta-feira (6) o general aposentado Walter Martos - antes titular da Defesa - como chefe de gabinete, como forma de evitar um embate inesperado com o Congresso em meio à pandemia.
Martos substitui Pedro Cateriano, que foi forçado a renunciar 20 dias após assumir o cargo junto com todo o gabinete, depois do Congresso lhe negar um voto de confiança na terça-feira.
As ministras da Saúde, Pilar Mazzetti, e da Economia e Finanças, Maria Antonieta Alva, foram validadas para seus cargos pelo presidente.
Vizcarra, que iniciou o último ano de seu mandato, em 28 de julho, empossou os 19 ministros do gabinete durante uma cerimônia no Palácio do Governo, transmitida na televisão pela emissora estatal.
O gabinete liderado por Martos deve imediatamente ampliar a relação com o Congresso, controlado por uma aliança diversa de quatro partidos populistas de centro-direita e esquerda.
Martos, de 62 anos, general de divisão que se reformou em 2013, será o primeiro militar a ocupar a presidência do Conselho de Ministros em uma década. Em 2011, Oscar Valdés, tenente-coronel reformado, fez isso durante o mandato de Ollanta Humala.
O novo gabinete de Martos é o quinto designado por Vizcarra desde que assumiu a Presidência peruana, em março de 2018.
O novo chefe de gabinete sucede Pedro Cateriano, no cargo de 15 de julho a 4 de agosto, até o Congresso lhe negar o voto de confiança para exercer formalmente suas funções.
Martos deve comparecer ao Congresso dentro de 30 dias para apresentar seu plano de governo.
O Congresso exige que Vizcarra priorize os cuidados sanitários e a recuperação da economia, que entrou em colapso durante os quase quatro meses de confinamento por causa da pandemia.
Na quarta-feira, o Peru registrou um recorde de 221 mortes por coronavírus e 7.734 novos casos, o segundo maior número diário desde os 8.805 registrados em 31 de maio, de acordo com boletim atualizado do Ministério da Saúde.
Com 447.624 casos e 20.228 mortes pelo novo coronavírus, o país andino de 33 milhões de habitantes é o terceiro na América Latina em casos e óbitos por COVID-19, atrás do Brasil e do México.
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