O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, em visita a Damasco, e o presidente sírio Bashar al-Assad condenaram nesta segunda-feira as sanções dos Estados Unidos a seus países, apesar da epidemia do novo coronavírus
O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, em visita a Damasco, e o presidente sírio Bashar al-Assad condenaram nesta segunda-feira as sanções dos Estados Unidos a seus países, apesar da epidemia do novo coronavírus.
Assad denunciou que os Estados Unidos mantêm sanções econômicas contra países como Síria e Irã "apesar de condições humanitárias excepcionais", segundo uma declaração presidencial publicada na mídia social.
"A crise do coronavírus revelou o fracasso dos regimes ocidentais e sua falta de moral", acrescentou.
Zarif também atacou as "sanções cruéis" de Washington que afetam os países "que combatem esta doença", segundo uma declaração de Teerã.
Esta é a primeira reunião oficial desde abril de 2019 entre os dois, que apareceram usando uma máscara (e luvas no caso de Zarif), de acordo com uma foto publicada pela presidência síria.
O Irã, juntamente com a Rússia, é um dos principais aliados militares do regime sírio na complexa guerra que Damasco travou contra rebeldes e jihadistas desde 2011 e que deixou mais de 380.000 mortos.
Durante essa reunião, Assad expressou suas "condolências ao Irã e ao povo iraniano" pelas milhares de mortes deixadas pela doença de COVID-19.
A República Islâmica registrou 83.505 casos de coronavírus e 5.209 mortes, enquanto a Síria declarou 39 casos e três mortes.
Assad criticou "as atuais intrusões da Turquia na soberania e no território da Síria".
Ancara enviou tropas no norte da Síria, montou postos de observação e apoia grupos rebeldes que lutam contra o governo de Damasco.
Antes da reunião com o presidente sírio, o chefe da diplomacia iraniana se encontrou com seu colega sírio Walid Muallem, de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Síria.
Os dois líderes enfatizaram a "importância da coordenação contínua" para "fortalecer a capacidade dos dois países de enfrentar a epidemia" e "garantir as necessidades nas áreas de prevenção, diagnóstico e tratamento", segundo o comunicado.
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