O estado de emergência decretado na Hungria como forma de frear o avanço do novo coronavírus acabará no final de maio, informou o primeiro-ministro, Viktor Orban, nesta sexta-feira (15)
O estado de emergência decretado na Hungria como forma de frear o avanço do novo coronavírus acabará no final de maio, informou o primeiro-ministro, Viktor Orban, nesta sexta-feira (15). Ele é acusado de aproveitar-se da pandemia para fortalecer seu poder.
"Esperamos que no final de maio o governo possa devolver ao Parlamento os poderes especiais que recebeu por causa da pandemia", disse Orban durante uma viagem oficial à Sérvia, o país fronteiriço.
Desde 30 de março, a legislação excepcional adotada deu ao primeiro-ministro nacionalista amplos poderes para governar por decreto, em vigência até que seu gabinete declarasse o fim da pandemia.
A medida gerou uma "preocupação especial" em Bruxelas e entre os países vizinhos europeus, que acreditam que a década de Orban no poder enfraqueceu o estado de direito no país.
"A comunidade internacional deve pressionar a Hungria para que retorne ao clube dos países indubitavelmente democráticos", afirmou na última quinta a vice-presidente da Comissão Europeia, Vera Jourova.
A ONG americana Freedom House alertou em um relatório recente que a Hungria "não pode mais ser considerada uma democracia", mas um "regime híbrido" entre democracias e "autocracias absolutas".
"Todos em breve poderão se desculpar à Hungria pelas acusações infundadas contra o país", ressaltou Orban em entrevista coletiva em Belgrado.
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