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Procuradoria da Colômbia assumirá investigação contra Uribe após sua renúncia ao Senado

A procuradoria colombiana fará a investigação da adulteração de testemunhas contra o ex-presidente Álvaro Uribe, que foi detido sob custódia preventiva no caso, anunciou a Suprema Corte de Justiça nesta terça-feira

AFP
01/09/2020 às 17:05.
Atualizado em 25/03/2022 às 08:58

A procuradoria colombiana fará a investigação da adulteração de testemunhas contra o ex-presidente Álvaro Uribe, que foi detido sob custódia preventiva no caso, anunciou a Suprema Corte de Justiça nesta terça-feira.

O tribunal superior levou o processo contra o ex-presidente (2002-2010) e chefe do partido no poder, mas decidiu transferir o processo para o Ministério Público após a renúncia de Uribe ao cargo de senador que ocupava desde 2014.

Em resposta à renúncia e "por se tratar de uma investigação não relacionada à sua posição como deputado", o tribunal superior "deixará o ex-senador detido à disposição do procurador-geral da Nação", disse o tribunal em nota.

Na Colômbia, ex-presidentes só podem ser investigados pelo parlamento, mas Uribe, 68, enfrentava a justiça como legislador.

Ao abrir mão de seu mandato, seu processo irá para a procuradoria, que deve determinar se o levará a julgamento por suposto suborno de testemunhas e fraude processual no caso envolvendo a oposição e o senador de esquerda Iván Cepeda.

Uribe é o primeiro ex-presidente a ser preso na Colômbia e ao mesmo tempo o político mais popular e influente deste século no país, por sua mão forte contra as Farc quando estava no poder e depois, por ter rejeitado o acordo de paz com a guerrilha em 2016.

Ele também é criticado por diversos escândalos de corrupção e violações dos direitos humanos que atingiram seu círculo próximo.

O ex-presidente de 68 anos se viu envolvido com a justiça em uma reviravolta inesperada de seu caso.

Em 2012, ele entrou com uma ação contra o senador de esquerda Iván Cepeda por uma suposta conspiração judicial que estava sendo preparada contra ele com falsos testemunhos.

Uribe argumentou que Cepeda - um de seus maiores adversários e testemunha em seu julgamento - contatou ex-prisioneiros paramilitares para vinculá-lo a esses grupos, acusados de crimes bárbaros durante o conflito colombiano de seis décadas.

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