INTERNACIONAL

Progresso na luta contra a covid-19: vacina da J&J pode estar disponível em breve

O conjunto de vacinas com as quais o mundo luta contra a covid-19 em breve contará com um novo elemento importante, depois que as autoridades americanas confirmaram nesta quarta-feira (24) a eficácia do imunizante da Johnson & Johnson, inclusive contra variantes do vírus

AFP
24/02/2021 às 21:44.
Atualizado em 23/03/2022 às 17:05

O conjunto de vacinas com as quais o mundo luta contra a covid-19 em breve contará com um novo elemento importante, depois que as autoridades americanas confirmaram nesta quarta-feira (24) a eficácia do imunizante da Johnson & Johnson, inclusive contra variantes do vírus.

Essa avaliação, que prenuncia um próximo lançamento no mercado dos Estados Unidos, foi muito aguardada, uma vez que essa vacina apresenta duas grandes vantagens logísticas: é administrada em dose única e pode ser armazenada em temperaturas de refrigeradores convencionais, facilitando seu transporte e distribuição.

A vacina da Johnson & Johnson tem 85,9% de eficácia contra as formas graves da doença nos Estados Unidos, 81,7% na África do Sul e 87,6% no Brasil, onde essas variantes estão bastante disseminadas.

A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos, órgão regulador de medicamentos no país, estudou de forma independente os resultados de ensaios clínicos conduzidos em cerca de 40.000 pessoas em vários países e publicou uma série de documentos, dois dias depois de seu comitê consultivo se reunir para avaliar sua autorização de emergência.

"As análises sustentam que existe um perfil de segurança favorável, sem preocupações específicas sobre a segurança que possam impedir que uma autorização de uso emergencial seja emitida", informou o FDA.

A autorização pode chegar no início da próxima semana.

A notícia foi divulgada no mesmo dia em que foram anunciados possíveis avanços nas outras duas vacinas aprovadas nos Estados Unidos.

A empresa americana de biotecnologia Moderna anunciou que está pronta para testar em humanos uma vacina desenvolvida especificamente para a cepa do coronavírus detectada na África do Sul, uma das mais perigosas.

No comunicado, a farmacêutica reafirmou que a sua vacina, já aprovada e em fase de distribuição, tem capacidade "neutralizante" contra esta variante, mas que por "precaução" a empresa decidiu aplicar mais de uma estratégia.

Além disso, um estudo realizado em Israel e publicado nesta quarta-feira no jornal especializado New England Journal of Medicine confirmou que a vacina contra a covid-19 do laboratório Pfizer é 94% eficaz.

Também nesta quarta-feira, o governo do presidente Joe Biden anunciou sua intenção de distribuir 25 milhões de máscaras gratuitas a partir de março, especialmente para os americanos mais pobres.

Máscaras faciais - de pano, laváveis e de "alta qualidade" - serão distribuídas "em todo o país (...) e estarão disponíveis em mais de 1.300 postos de saúde comunitários e 60 mil armazéns de alimentos em todo o país", disse o coordenador da Casa Branca de resposta ao coronavírus, Jieff Zients.

Na África, Gana recebeu nesta quarta-feira a primeira remessa global de vacinas financiadas pelo dispositivo internacional Covax destinado a países desfavorecidos.

"Finalmente! Esta manhã, as primeiras doses das vacinas covid-19 entregues pelo dispositivo Covax chegaram a Gana", escreveu no Twitter o diretor geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

As 600.000 doses da vacina AstraZeneca/Oxford produzida pelo Serum Institute of India "fazem parte da primeira leva de vacinas contra a covid-19 destinadas a vários países de baixa e média renda", de acordo com um comunicado conjunto da OMS e da Unicef.

O sistema Covax tem como objetivo fornecer este ano vacinas a 20% da população de quase 200 países e territórios, com um mecanismo de financiamento que permite que 92 economias de baixa e média renda tenham acesso ao imunizante.

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