O convite é extensivo a médicos e funcionários do hospital (Divulgação)
Com a proposta de ampliar os mecanismos de comunicação com a comunidade hospitalar e falar abertamente sobre os vários aspectos que envolvem o suicídio, a Santa Casa de Piracicaba promoverá a palestra “Desmistificando o Suicídio – Decida Pela Vida!”, a partir das 14 horas desta quarta-feira, 27, no salão de convenções do Hospital, com a médica psiquiatra Ana Paula Marquezini (CRM 165.290).
A iniciativa é do Programa de Saúde Mental do Sesmt- Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e, segundo o médico André Gusmão(CRM 126.117),tem como função abordar a saúde mental sem os tabus e mitos que ainda envolvem essa questão, evitando que as pessoas procurem atendimento.
“Com este tipo de abordagem, o funcionário poderá se identificar com algum tipo de sofrimento exposto na palestra sobre o processo de adoecimento mental e terá também a certeza de que não está sozinho; ele saberá que, se precisar de ajuda, poderemos oferecer uma ampla rede de assistência para que ele seja acolhido e tratado”, disse Gusmão.
Ele revela que atividades como esta correspondem a ações preventivas primárias, momento em que a pessoa ainda pode falar sobre isso e pedir ajuda. “Esse é nosso principal foco”, frisou o médico.
A psiquiatra Ana Paula Marquezini enumera sintomas que variam desde o humor deprimido até a perda de interesse, distúrbios do sono, fadiga, dificuldade de concentração e o pior deles, os pensamentos suicidas, e revela que a boa condução dos casos, com avaliações criteriosas do médico, da psicóloga e da psiquiatra do trabalho para a prevenção e tratamento adequado dos transtornos mentais tem contribuído para promover a saúde mental dos funcionários.
A psiquiatra observa que, ao contrário do que apregoam alguns mitos e tabus, problemas de saúde mental não significam apenas uma tristeza passageira. “São enfermidades que merecem atenção, compaixão e tratamento”, observa Ana Paula.
Ela conta que sua apresentação será baseada na desmistificação da questão da saúde mental, motivando as pessoas a quebrarem alguns tabus sobre depressão e psiquiatria e buscar ajuda, pois 95% das pessoas que se suicidam tem doença mentais como depressão e uso de substâncias.
“É preciso identificar fatores de risco como estilo de vida que adoece e que levam à depressão e mostrar por meio de estatísticas que o problema é real e que as pessoas precisam ser cuidadas”, finalizou a psiquiatra.
