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Protegida na Disney World, NBA retoma sua temporada mais incerta

Quatro meses e meio após a interrupção provocada pela COVID-19, a NBA retorna nesta quinta-feira, abrigada no famoso complexo de parques Disney World e determinada a definir o campeão da temporada mais desafiadora de sua história

AFP
29/07/2020 às 15:04.
Atualizado em 25/03/2022 às 17:49

Quatro meses e meio após a interrupção provocada pela COVID-19, a NBA retorna nesta quinta-feira, abrigada no famoso complexo de parques Disney World e determinada a definir o campeão da temporada mais desafiadora de sua história.

O pivô francês Rudy Gobert, que em 11 de março foi o primeiro caso positivo na liga, determinando a interrupção da competição, volta às quadras com Utah Jazz para enfrentar o New Orleans Pelicans, do jovem fenômeno Zion Williamson.

Em seguida, vem o confronto entre as duas equipes de Los Angeles, o Lakers, de LeBron James , e o Clippers, de Kawhi Leonard, favoritos ao título.

O reinício do torneio culmina com um plano meticulosamente elaborado pela NBA para voltar a ser acompanhada à distância pelos fãs e encerrar um confinamento causado por uma pandemia que já matou cerca de 150.000 pessoas nos Estados Unidos.

Ao contrário da Liga de Beisebol (Major League Baseball, MLB) que retomou os jogos nos estádios de cada equipe e já teve que suspender algumas partidas devido a contágios, a NBA decidiu concentrar os 22 times em um único local: o extenso complexo esportivo da Disney World em Orlando, (Flórida), de mais de 90 hectares.

Na chamada "bolha" da Disney World, com um investimento de cerca de 150 milhões de dólares, de acordo com a ESPN, a NBA criou um microambiente com infinitas regras e restrições para que o vírus não atinja os jogadores.

As equipes jogarão em três quadras do complexo ESPN World Wide of Sports, sem a presença de público. Os cerca de 350 jogadores ficam em três hotéis no parque de diversões, onde as visitas não são permitidas até o início dos playoffs, em 17 de agosto.

Após uma breve quarentena na chegada, os jogadores desfrutam das inúmeras opções de entretenimento organizadas para eles - golfe, pesca, sala de videogame, piscina - enquanto ainda passam por exames regulares de coronavírus.

Com quase nenhum representante da imprensa presente, a chegada dos jogadores à Disney World foi transmitida por eles mesmos através das mídias sociais. Várias das estrelas bilionárias reclamaram da comida, e outras, como Damian Lillard (do Porland Trail Blazers), compararam a "bolha" a uma prisão.

No entanto, elogios à organização e à segurança diminuíram as críticas, os jogos de aquecimento foram tranquilos e a última rodada de 346 testes para coronavírus não registrou nenhum caso.

"Isso exige um sacrifício significativo de nossos jogadores", admitiu o comissário da NBA, Adam Silver, ao The New York Times.

"Do meu ponto de vista, está indo muito bem e estou cautelosamente otimista de que estamos no caminho certo", acrescentou Silver.

"Mas também reconheço que o que estamos fazendo não foi feito antes, e a competição está apenas começando".

O único incidente conhecido foi do armador Lou Williams, do Clippers, que teve que cumprir uma quarentena de dez dias por ir a uma boate de striptease durante sua ida a Atlanta para acompanhar um funeral.

A Disney World também será palco dos protestoss por igualdade racial desencadeadas pelo assassinato do afro-americano George Floyd nas mãos de um policial branco em maio.

Cada uma das três quadras tem a frase slogan "Black Lives Matter" ("Vidas Negras Importam") escrita e os jogadores poderão usar camisas que, em vez de seus nomes, exibirão mensagens de justiça social.

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