INTERNACIONAL

Protestos após morte brutal de homem negro em supermercado de Porto Alegre

A morte na noite de quinta-feira de um homem negro após ser espancado por seguranças brancos de um supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre causou indignação no Dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20)

AFP
21/11/2020 às 09:07.
Atualizado em 24/03/2022 às 01:58

A morte na noite de quinta-feira de um homem negro após ser espancado por seguranças brancos de um supermercado do grupo Carrefour em Porto Alegre causou indignação no Dia da Consciência Negra, celebrado nesta sexta-feira (20).

Um vídeo gravado com um celular por uma testemunha e divulgado pela imprensa e pelas redes sociais capta o momento em que João Alberto Silveira Freitas, um soldador de 40 anos, é agredido com vários socos por um dos seguranças enquanto o outro o mantinha imobilizado.

O homem morreu no local.

Os dois agressores foram presos. Um deles é policial militar em regime temporário e trabalha nesse supermercado no tempo livre.

Cerca de mil manifestantes marcharam no centro de São Paulo até uma sucursal do mercado no bairro Jardim Paulista. Uma parte do grupo jogou pedras contra a fachada de vidro e invadiu o estabelecimento, destruindo ou incendiando mercadorias, vitrines e outras instalações, conforme observou um fotógrafo da AFP.

A polícia dispersou com gases e bombas de efeito moral um protesto em frente ao supermercado onde ocorreu a morte em Porto Alegre (Rio Grande do Sul), segundo a televisão local.

O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o assassinato "lamentável" foi obra de "uma segurança totalmente despreparada para a atividade" e negou que tenha sido um ato racista.

"Para mim, no Brasil, não existe racismo. Isso é uma coisa que querem importar aqui para o Brasil. Isso não existe aqui", disse no Palácio do Planalto.

O presidente Jair Bolsonaro não comentou o ocorrido até o momento.

Em um comunicado, a filial brasileira do grupo francês Carrefour lamentou a "morte brutal" de Silveira Freitas e garantiu que tomará as "medidas cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente".

jm/mel/aa/cc

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